Quando uma cidade polo como Mamanguape carimba 88,2% de aprovação para um prefeito no primeiro mandato, não é só um número bonito para postagem: é um sinal político e dos mais barulhentos — de que a gestão conseguiu conectar entrega, presença e narrativa. É o que aponta o levantamento do Instituto ANOVA, realizado em 22 de dezembro de 2025, com 400 entrevistas presenciais, 95% de confiança e margem de erro de 4,9 pontos.
O que esse índice diz
A aprovação nessa faixa costuma ter dois motores: serviço percebido e confiança emocional. E Joaquim Fernandes, médico, recém-chegado à política eleitoral e ainda “novo de mandato” — tem uma característica rara na região: ele não se limita a assinar ordens; ele aparece. A marca pessoal do gestor, pelo que se observa no dia a dia e pelo que se comenta nos bastidores, é de prefeito de rua, de comunidade, de zona rural e zona urbana, com agenda cheia, ritmo alto e cobrança interna permanente.
Resultado: a população tende a interpretar isso como cuidado e resposta rápida. E, em política, percepção é metade do governo.
A curva é o detalhe que reforça o enredo
O 88,2% não surge do nada: ao longo de 2025, outras medições já indicavam crescimento. Em julho, por exemplo, uma pesquisa apontava 74,2% de aprovação (também com 400 entrevistas), citando avanço em relação aos 100 dias e consolidando Joaquim como liderança no Vale. Ou seja: não é “pico isolado”, é tendência.
Popularidade alta
Uma aprovação desse tamanho vira vitrine e, automaticamente, vira obrigação. Porque 88% hoje significa o quê amanhã? Significa que o povo passa a exigir mais velocidade, mais entrega, mais presença e menos desculpa. E todo gestor que chega nesse patamar precisa tomar cuidado com dois riscos clássicos:
-
Euforia de grupo (achar que está tudo resolvido)
-
Excesso de confiança (confundir aprovação com cheque em branco)
A regra é simples: aprovação alta não “compra” futuro. Ela só abre portas.
E o que isso mexe no tabuleiro?
Mamanguape é cidade polo, influencia entorno e conversa com a Paraíba inteira. Quando um prefeito daqui atinge esse nível, ele passa a ser visto como referência regional e, inevitavelmente, começa a entrar no radar de projetos maiores, nem que seja no “futuro próximo”. Não significa candidatura automática. Significa capital político em formação.
No fim das contas, a pesquisa do ANOVA descreve um momento: o de uma gestão que, até aqui, foi aprovada com força e com folga dentro da margem técnica.
O desafio, agora, é manter o que dá certo e provar, mês a mês, que 88,2% não foi só um número histórico, mas o retrato de um modo de governar que continua entregando.
Por: Napoleão Soares





