Uma jovem denunciou o que classificou como descaso médico vivido durante um momento difícil da gravidez de seu filho, Lohan, na Maternidade Cândida Vargas. Segundo o relato, falhas no atendimento e falta de informações claras quase resultaram na perda do bebê, situação revertida após a atuação de uma médica que assumiu o caso.
Relato aponta falhas graves no atendimento
De acordo com o depoimento, a jovem enfrentava um quadro delicado, com ausência de líquido amniótico, bolsa rota, infecção urinária, anemia e o bebê fora da posição central. Mesmo diante da gravidade da situação, ela afirma que ouviu de uma médica que não havia o que pudesse ser feito por ela nem pela criança.
O relato descreve momentos de angústia intensa, com sucessivas intervenções, aplicação de medicamentos fortes e procedimentos repetidos. “Só eu sei o sofrimento que passei”, afirmou, ao destacar o impacto físico e emocional vivido naquele período.
Falta de informações agravou o sofrimento
A jovem também criticou a ausência de explicações claras sobre o que estava acontecendo. Segundo ela, nem ela nem sua mãe receberam orientações adequadas sobre o estado de saúde ou os riscos envolvidos.
“O que custava chegar em mim e na minha mãe e dizer o que estava se passando?”, questionou. Para ela, a falta de diálogo e de cuidado humano contribuiu para o agravamento do sofrimento durante o atendimento.
Atuação médica foi decisiva para salvar vidas
O desfecho do caso mudou após a intervenção da doutora Iara, citada pela jovem como fundamental para salvar sua vida e a do filho. Segundo o relato, a médica reconheceu a gravidade do quadro e adotou as medidas necessárias para reverter a situação.
“Meu filho é um milagre graças a mim e a ela”, declarou. A jovem também agradeceu ao médico responsável pelo procedimento cirúrgico, a quem classificou como excelente profissional.
Críticas à gestão e qualificação profissional
Além de relatar sua experiência, a jovem fez um apelo para que a Maternidade Cândida Vargas tenha atenção redobrada na qualificação dos profissionais que atuam na unidade. Para ela, o fato de o atendimento ser realizado pelo Sistema Único de Saúde não pode justificar falhas ou negligência.
“Não se calem só porque é SUS”, afirmou, ao incentivar outras pessoas a denunciarem situações semelhantes.
O caso expõe a importância da responsabilidade, da comunicação clara e da atuação técnica no atendimento obstétrico, especialmente em situações de risco. Para a jovem, o filho estar vivo hoje é resultado direto da intervenção médica correta no momento decisivo, após um período marcado por medo, dor e insegurança.
Da redação/ Com Nordeste 1





