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AVC: Saiba reconhecer os sinais e por que cada minuto conta

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) integra o grupo das doenças cardiovasculares, que respondem por cerca de 30% dos óbitos anuais, segundo o Ministério da Saúde. Globalmente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 15 milhões de casos de AVC ocorrem anualmente, com 5 milhões resultando em óbito e outros 5 milhões provocando incapacidades permanentes. Diante disso, saber como agir rapidamente é fundamental para mudar o desfecho de um paciente.

Segundo Paolla Magalhães, médica neurologista do Hospital Orizonti, a dimensão do problema é expressiva. “O AVC está se tornando a segunda maior causa de morte no Brasil e já é uma das maiores causas de incapacidade no mundo. Uma a cada quatro pessoas terá um AVC, e um novo caso acontece a cada seis minutos no país, mostrando que é uma doença com um impacto muito grande na nossa sociedade”, alerta a especialista.

Identificando os sinais

Para ajudar a reconhecer os sintomas, a especialista destaca o mnemônico SAMU:

  • S de Sorria: Peça para a pessoa sorrir. Observe se um lado do rosto não se move ou parece torto.
  • A de Abrace: Peça para a pessoa levantar os dois braços. Note se um dos braços cai ou se a pessoa não consegue erguê-lo.
  • M de Música: Peça para a pessoa cantar um trecho de uma música ou falar uma frase simples. Verifique se a fala está embolada, confusa ou se há dificuldade em se expressar.
  • U de Urgência: Ao identificar um ou mais desses sinais, ligue imediatamente para o SAMU, pelo número 192, ou leve a pessoa ao pronto atendimento.

“O mais importante é explicar que tempo é cérebro. Quanto mais rápido fizermos o tratamento, maior a chance de o paciente ter uma boa resposta e um bom desfecho funcional”, reforça a neurologista.

A médica também faz um alerta sobre riscos que devem ser evitados. “Não se deve dar nenhuma medicação em casa. Não conseguimos diferenciar um AVC isquêmico, que ocorre por entupimento de vasos, de um hemorrágico, que ocorre por sangramento, apenas pelos sintomas. Dar um medicamento que afina o sangue para um paciente que está sangrando pode piorar muito o quadro”, explica.

Prevenção é o melhor caminho

De acordo com a doutora Paolla Magalhães, 90% dos AVCs poderiam ser evitados com uma mudança de estilo de vida. As principais formas de prevenção passam pelo controle rigoroso da pressão arterial e da glicose, a prática regular de atividade física de, no mínimo, 150 minutos por semana, e a adoção de uma alimentação balanceada.

Além disso, é fundamental garantir uma boa qualidade do sono, com duração entre 7 e 9 horas por noite, e evitar o tabagismo.” Embora o principal grupo de risco seja composto por idosos com comorbidades como hipertensão, diabetes e colesterol alto, há um aumento da prevalência de fatores de risco e de casos de AVC também na população mais jovem”, conclui a médica.

Sobre o Hospital Orizonti

O Hospital Orizonti faz parte do Grupo Orizonti, fundado pelos médicos Amândio Soares Fernandes Júnior e Roberto Porto Fonseca – tendo como sócios os doutores Ernane Bronzatti e Marcelo Guimarães, conta com mais de 250 leitos, centro cirúrgico completo, além de centro de medicina nuclear e de diagnóstico por imagem, centro de transplante de medula óssea (TMO) e radioterapia. São mais de 55 especialidades disponíveis, entre elas neurologia, oncologia, ortopedia e cardiologia. O edifício bioclimático possui jardins internos e um dos maiores telhados verdes da América Latina – mais de 7 mil metros quadrados. Cercado pelas montanhas da Serra do Curral, integrado ao meio ambiente, tem vista panorâmica para Belo Horizonte (MG).

Redação/Informações à Imprensa – JeffreyGroup

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