Circula nas redes sociais o depoimento de uma conselheira tutelar de João Pessoa que acompanhou desde a infância a vida do jovem Gerson, o Vaqueirinho, que morreu na manhã deste domingo (30) após escalar a jaula do Parque Arruda Câmara em João Pessoa e ser atacado pela leoa.
O depoimento é impactante e emocionante ao mesmo tempo, pois mostra uma realidade de sofrimento, abandono e esquizofrenia que atingia não só a ele, mas a mãe e a avó.
Segue os detalhes do depoimento:
“Gerson meu menino sem juízo, quantas vzs na sala do CT vc dizia a mim q ia pegar um avião p ir p um safari na África para cuidar dos leões… Vc ainda tentou, mas eu agradeçi a Deus quando fui avisada pelo aeroporto q vc tinha cortado a cerca , e tinha entrado no trem de pouso do avião da Gol, dei graças a Deus pq observaram pelas câmeras q havia um adolescente antes q uma desgraça acontecesse… Foram 8 anos acompanhando, lutando , brigando para garantir seus direitos, quando vc entrou na minha sala pela primeira vez tinha apenas 10 anos, eu e a conselheira Patrícia Falcão recebemos vc das mãos da PRF , pois vc foi encontrado na BR… Desde então, toda a Rede de Proteção passou a me procurar quando qualquer coisa acontecia com vc… Eu nunca consegui vê vc como as redes sociais te desenhavam, eu conheçi a criança, q foi destituído do poder familiar da mãe, e foi impedido de ser adotado como os outros 4 irmãos foram, e o q a responsável pela instituição de acolhimento justificou, foi q quem iria adorar alguém como vc… Vc só queria voltar a ser filho de sua mãe, q é esquizofrênica e não tinha condições nenhuma de cuidado… Sua avó tbm com problema mentais, mas a sociedade sem conhecer sua história preferiu te jogar na jaula dos leões…”
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Redação/ExpressoPB
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