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CASO PERON | Delegado Sylvio Rabelo revela que vereador foi executado após denunciar irregularidades na gestão de Jacaraú; dois secretários estão presos

Investigações apontam que os secretários planejaram o crime em uma pousada e usaram o local para articular os detalhes da execução.

A Polícia Civil da Paraíba prendeu, nesta quinta-feira (30), dois secretários da Prefeitura de Jacaraú suspeitos de envolvimento direto no assassinato do vereador Peron Filho, ocorrido em setembro deste ano. As investigações apontam que o crime teria sido motivado por denúncias feitas pelo parlamentar sobre irregularidades na administração municipal.

De acordo com o delegado Sylvio Rabelo, o secretário de Transportes, Jeferson Carvalho da Silva, teria desempenhado papel central no planejamento da execução. Segundo o inquérito, ele se reuniu em uma pousada com os autores do crime para definir os detalhes da ação e o dono da pousada teria cedido o veículo do estabelecimento para a realização do delito.

O delegado ainda revelou que Jeferson esteve no ginásio onde o vereador participava de um evento, monitorando os movimentos da vítima e informando em tempo real aos atiradores. Poucas horas antes dessa reunião, o secretário de Administração também teria se encontrado com Jeferson para supostamente alinhar as etapas do plano criminoso.

Além dos dois secretários, foram presos o dono da pousada e dois executores do homicídio, descritos pela polícia como “elementos de alta periculosidade”. Durante as investigações, a Polícia Civil descobriu que a arma utilizada na morte de Peron Filho já havia sido empregada em outras execuções no Rio Grande do Norte, reforçando o envolvimento de grupos criminosos na trama.

O crime chocou a população de Jacaraú e provocou forte repercussão política na região. A morte de Peron Filho, reconhecido por seu papel fiscalizador na Câmara Municipal, expos possíveis esquemas de corrupção e silenciamento dentro da gestão pública local.

As investigações continuam para apurar se outros agentes públicos participaram do assassinato e qual a extensão da rede criminosa envolvida.

Redação/ExpressoPB
Foto Reprodução 

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