A Operação Contenção, realizada na madrugada desta terça-feira (28) nos Complexos do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro, deixou um saldo de 64 mortos, segundo informações do Palácio Guanabara. Entre as vítimas fatais estão dois policiais civis e dois militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), que morreram durante confronto em área de mata no Complexo do Alemão.
A Polícia Militar colocou toda a tropa de prontidão, convocando também funcionários administrativos a se apresentarem aos quartéis.
Até o momento, 81 pessoas foram presas, a maioria integrantes de uma facção criminosa originária do Pará, que estão escondidos no Rio. Durante a operação, foram apreendidos mais de 75 fuzis, além de pistolas e granadas.
Segundo a PM, criminosos ligados ao Comando Vermelho orientaram o fechamento de vias importantes da cidade. A Linha Amarela, que liga a Barra da Tijuca e Jacarepaguá à Ilha do Governador, está fechada. A Estrada Salazar Mendes de Morais, que passa próxima à Cidade de Deus, também está interditada nos dois sentidos.
Trechos da Avenida Brasil, com 54 quilômetros de extensão que atravessa a cidade desde a zona portuária até Santa Cruz, na zona oeste, estão parcialmente fechados, incluindo a pista lateral em direção ao centro, nas proximidades do Complexo da Maré.
A Rio-Ônibus que administra os ônibus da cidade do Rio de Janeiro informou que mais de 50 coletivos foram usados como barricadas em vários pontos da cidade.
Na ação desta terça-feira (28), os criminosos do Comando Vermelho usaram drones com bombas que foram jogadas contra os policiais. A megaoperação já é considerada a operação mais letal da história do estado do Rio de Janeiro.
A ação supera as ações do Jacarezinho (28 mortos, maio de 2021) e da Vila Cruzeiro (24 mortos, maio de 2022), todas durante o governo de Cláudio Castro (PL), segundo levantamento do Geni (Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos) da Universidade Federal Fluminense (UFF).
Da redação/ Com Portal T5





