Os responsáveis pela tentativa de assassinato da ex-presidente argentina Cristina Kirchner, ocorrida em 2022, foram condenados nesta quarta-feira (8) a 10 e 8 anos de prisão, respectivamente.
O brasileiro Fernando Sabag Montiel, de 38 anos, nascido em Itanhaém (SP) e radicado na Argentina desde a infância, foi apontado como o autor do disparo que falhou a poucos centímetros do rosto de Kirchner. Ele recebeu 10 anos de prisão, somados a outros quatro que já cumpria por condenação anterior.
Sua então namorada, Brenda Uliarte, de 26 anos, foi sentenciada a 8 anos de prisão por envolvimento no atentado.
Repercussão do ataque na Argentina
O ataque, que ocorreu quando Cristina Kirchner era vice-presidente, provocou uma onda de manifestações em todo o país, reunindo dezenas de milhares de pessoas em Buenos Aires em defesa da líder peronista.
Kirchner é uma das figuras mais influentes da política argentina nas últimas duas décadas. Ela presidiu o país entre 2007 e 2015 e foi vice-presidente de 2019 a 2023, durante o governo de Alberto Fernández.
Atualmente, a ex-presidente enfrenta outro processo judicial: em junho, a Suprema Corte da Argentina confirmou sua condenação a seis anos de prisão e inelegibilidade perpétua por corrupção em contratos públicos durante seus mandatos, relacionados a obras viárias na província de Santa Cruz, base política da família Kirchner.
O atual presidente, Javier Milei, celebrou a decisão nas redes sociais com a mensagem: “Justiça. Fim.”
Posição de Cristina Kirchner
Cristina Kirchner nega todas as acusações e afirma ser alvo de perseguição política e judicial para impedir seu retorno à vida pública. Seus advogados informaram que ela solicitou cumprir a pena em prisão domiciliar enquanto recorre ao Tribunal Penal Internacional (TPI).
Da redação/ Com Nordeste 1
