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Bate-boca entre Coronel Fernanda e Leila Barros marca CPI do INSS

A sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, nesta segunda-feira (2), foi marcada por um clima tenso e bate-boca entre a deputada Coronel Fernanda (PL-MT) e a senadora Leila Barros (PDT-DF). O conflito ocorreu após a aprovação de pedidos de prisão preventiva relacionados à operação Sem Desconto, que investiga fraudes em benefícios do INSS.

Durante a sessão, após a votação dos pedidos de prisão preventiva de investigados e citados na operação Sem Desconto, a deputada Coronel Fernanda comemorou a aprovação, dizendo: “Aprovamos, aprovamos”. A senadora Leila Barros, indignada, reagiu lembrando que a base também havia aprovado a proposta.

O tom das declarações aumentou rapidamente, levando as parlamentares a se levantarem e se encarar no plenário, até que outros colegas intervieram para acalmar a situação. Um vídeo divulgado mostra o momento de tensão entre as duas.

O pedido de prisão aprovado foi um dos principais requerimentos do dia e foi encaminhado à Polícia Federal, que conduz a investigação. A execução da medida dependerá da autorização da Justiça.

A operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU) em abril, apura um esquema de fraudes que pode ter desviado bilhões de reais de aposentados e pensionistas do INSS por meio de descontos não autorizados em benefícios.

O pedido de prisão ocorreu durante a oitiva do advogado Eli Cohen, um dos primeiros a denunciar o caso. Inicialmente, o relator havia proposto que o requerimento fosse votado ao final do período de perguntas dos parlamentares. No entanto, após o segundo deputado questionar o depoente, o presidente da CPI, Carlos Viana (Podemos-MG), interrompeu a sessão e iniciou a votação imediatamente.

Parlamentares da base protestaram contra o relator, alegando que o nome do ex-ministro da Previdência e ex-presidente do INSS, Ahmed Mohamad Oliveira Andrade (à época chamado José Carlos Oliveira), não havia sido anexado ao requerimento de prisão.

A sessão evidenciou o clima tenso entre parlamentares e a complexidade das investigações envolvendo fraudes no INSS. O andamento da operação Sem Desconto e as decisões judiciais relacionadas aos pedidos de prisão deverão definir os próximos passos da CPI.

Da redação/ Nordeste 1 

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