A trajetória política da prefeita Lucinha da Saúde é marcada por um paradoxo: de um lado, o peso do passado, as dificuldades herdadas, o ambiente político turbulento, as disputas narrativas construídas pela oposição; de outro, o futuro que começa a se desenhar a partir de gestos concretos, entregas à população e uma simbologia de virada de chave que a coloca como protagonista de uma nova fase.
Quando assumiu a gestão, Lucinha encontrou uma prefeitura atravessada por desgastes políticos, uma oposição articulada e um cenário de desconfiança que se refletiu em ataques pessoais e até religiosos. A narrativa adversária buscou minar sua legitimidade antes mesmo que tivesse tempo de mostrar resultados, fez com que Lucinha precisasse lutar contra a memória afetiva de gestões passadas. No entanto, em meio a esse ambiente, Lucinha manteve um piso político estável, sinal de que havia uma base disposta a lhe conceder voto de confiança.
A inauguração da Praça Vereador Osimar Manoel é um marco simbólico desse novo momento. Em plena quarta-feira, às 16h, a forte presença popular mostrou que a prefeita começa a dialogar diretamente com o coração da comunidade. A obra física foi apenas o gatilho para algo maior: a construção de pertencimento, confiança e proximidade.
Mais do que isso, a presença de vereadores como Ronaldinho e Waleska, antes vistos como opositores, evidencia que Lucinha está conseguindo redesenhar alianças e abrir espaços no campo político, consolidando sua posição como articuladora e não apenas gestora.
Lucinha da Saúde parece atravessar a ponte que separa quem apenas resiste de quem começa a liderar. O passado carrega cicatrizes, mas também ensinamentos; o futuro oferece uma chance de protagonismo inédito. A multidão que a acompanhou na inauguração da praça foi mais que plateia: foi símbolo de que a prefeita começa a ser vista não apenas como gestora em exercício, mas como líder capaz de inaugurar uma nova era na política de Marí.
Redação/ExpressoPB
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