Uma mulher foi presa por ter matado o próprio pai na manhã deste sábado (16), em Itanhaém, no litoral de São Paulo. O crime foi descoberto após a suspeita caminhar nua pela orla da praia. Ao ser abordada por guardas municipais, ela confessou ter assassinado a vítima no apartamento onde ela morava.
Imagens obtidas pelo g1 mostram a mulher exibindo as partes íntimas para motoristas que passavam pelo Centro, próximo à praia, momentos antes de ser detida pelos agentes.
Após a confissão, os guardas se dirigiram ao apartamento do pai da suspeita, localizado na Avenida Condessa de Vimieiros, também na região central. No local, encontraram o corpo e confirmaram a morte. A mulher foi presa em flagrante.
O delegado Luiz Carlos Vieira, responsável pelo registro da ocorrência, informou que a suspeita alegou dificuldades para cuidar do pai, especialmente após ele perder a fala em decorrência de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Segundo ela, o idoso também apresentava comorbidades, o que agravava ainda mais a rotina de cuidados.
“O cenário que nós colhemos é de uma pessoa que tinha a incumbência de cuidar do seu pai e esse cenário, essas atribuições dela, de cuidados com o pai foram se alargando ao longo do tempo por conta dele ter ficado mudo”, disse o delegado.
De acordo com o delegado, a suspeita contou que, por volta das 9h, levantou-se, preparou o café da manhã da vítima e foi tomada por um quadro de estresse elevado. “Se apossou de uma faca, se dirigiu ao pai, que estava deitado na cama, que fica na sala da casa, e desferiu-lhe (os golpes)”.
A suspeita contou à polícia que desferiu 20 facadas no pai. A Polícia Civil não descarta a possibilidade da mulher ter sofrido um surto. “Pelo quadro que ela se encontrava, ela tirou ali as roupas e decidiu sair nua, onde foi encontrada por uma equipe da diligente guarda municipal”.
Ela foi encaminhada à Delegacia de Itanhaém, onde permanece à disposição da Justiça. A Polícia Civil enviou uma equipe ao local do crime para realizar a perícia.
O g1 entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP), mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
Redação/G1





