Impostos, matrículas e reajustes impactam o orçamento das famílias; planejamento antecipado é fundamental para evitar aperto financeiro
O começo do ano costuma ser acompanhado de promessas, novas metas e renovação de planos, mas também traz consigo uma série de despesas que podem pesar no bolso de quem não se organiza com antecedência. De impostos obrigatórios a reajustes contratuais, o período exige atenção redobrada para evitar que as finanças saiam do controle logo nos primeiros meses do calendário.
Confira a seguir sete gastos comuns no início do ano que merecem planejamento para 2026:
- IPVA – Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores
Presente na realidade de milhões de brasileiros, o IPVA é um dos tributos obrigatórios para quem possui automóvel. O valor a ser pago varia conforme o estado de registro e é calculado com base no valor de mercado do veículo.
Em geral, os estados oferecem a opção de pagamento à vista com desconto ou parcelamento. No entanto, mesmo em parcelas, o imposto representa uma despesa significativa, que deve ser considerada no planejamento de fim de ano.
- Licenciamento anual do veículo
Outro custo obrigatório para proprietários de veículos é o pagamento do licenciamento, necessário para a emissão do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo). Embora o valor seja geralmente inferior ao do IPVA, trata-se de uma despesa adicional que costuma vencer no primeiro semestre e que pode gerar multa e pontos na CNH se não for quitada.
A recomendação é verificar o calendário do Detran do seu estado e incluir o gasto no planejamento para pagar o licenciamento 2026 dentro do prazo.
- Matrícula e material escolar
Para as famílias com filhos em idade escolar, janeiro é sinônimo de gastos com matrícula, rematrícula e material didático. Além disso, há uniformes, taxas extracurriculares e eventuais reajustes nas mensalidades, no caso das escolas particulares. Negociar com antecedência, pesquisar preços e reaproveitar materiais usados são estratégias recomendadas para amenizar o impacto.
- IPTU – Imposto Predial e Territorial Urbano
Outro tributo que recai sobre o contribuinte logo no início do ano é o IPTU. Cobrado pelos municípios, ele incide sobre propriedades urbanas e também pode ser pago à vista com desconto ou parcelado ao longo do ano.
O valor é determinado com base na avaliação do imóvel feita pela prefeitura. Ficar atento aos prazos de vencimento evita multas e juros.
- Renegociação ou pagamento de dívidas
Muitas pessoas aproveitam o início do ano para colocar as contas em dia. Com as campanhas de negociação promovidas por bancos e empresas credoras, janeiro pode ser uma boa oportunidade para renegociar dívidas acumuladas.
No entanto, é essencial avaliar as condições oferecidas, evitando parcelamentos com juros abusivos ou compromissos além da capacidade de pagamento.
- Reajuste de mensalidades e contratos
Diversos contratos têm reajuste previsto para o início do ano, incluindo serviços de educação, academias, clubes, planos de saúde e até aluguéis. Esses aumentos, normalmente baseados em índices inflacionários, podem pegar o consumidor desprevenido.
Estar atento às cláusulas contratuais e, se necessário, negociar condições melhores pode ajudar a manter o orçamento sob controle.
- Despesas com férias e viagens
Para muitas famílias, o início do ano também coincide com o período de férias escolares e recessos no trabalho, o que estimula o planejamento de viagens. Mesmo quem opta por destinos econômicos precisa considerar gastos com transporte, hospedagem, alimentação e lazer. Para evitar surpresas desagradáveis, a recomendação é definir um limite de gastos e acompanhar de perto os custos da viagem.
Planejar esses compromissos com antecedência é a chave para evitar que o acúmulo de despesas comprometa o restante do ano. Sempre que possível, o ideal é começar a reservar uma quantia ao longo do segundo semestre do ano anterior, distribuindo os custos futuros em parcelas menores e menos impactantes.
Começar o ano no azul pode ser mais simples do que parece. Com organização, informação e disciplina, é possível enfrentar as demandas do calendário sem abrir mão da tranquilidade financeira. Afinal, os gastos são previsíveis e, com o preparo certo, não precisam se transformar em problemas.
Redação/
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