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OPINIÃO | Paulo Sérgio: O preço de ser mulher e prefeita. O vídeo contra Lucinha mostra por quê

Um vídeo de conteúdo duvidoso e tom artificial vem circulando nas redes sociais e aplicativos de mensagens em Marí, o qual, de maneira distorcida, ataca a honra e a legitimidade da Prefeita Lucinha da Saúde, utilizando-se de insinuações machistas, desinformação e mecanismos típicos de violência política de gênero.

O vídeo covarde, com uma narrativa maquiada, não informa, manipula. Não critica, intimida. Não questiona, desrespeita.

Usando uma voz fria e artificial, o vídeo tenta convencer o povo de que Lucinha da Saúde só existe porque foi “inventada” por um homem. O roteiro tendencioso tentando transformar a autonomia política feminina em “traição” é um padrão clássico de perseguição política contra mulheres, frequentemente usado para deslegitimar aquelas que ocupam espaços de poder.

Ao insinuar que a Prefeita Lucinha é uma “criação política” que deve submissão eterna a quem a apoiou, o vídeo reafirma o velho paradigma de que mulheres só existem politicamente sob tutela masculina, o que é inaceitável em pleno século XXI.

O termo “sombra” usado no vídeo é simbólico e revelador: não se trata apenas de opinião política, mas de uma tentativa grotesca de sugerir que a atual prefeita estaria tentando apagar ou destruir uma figura masculina da qual dependeria politicamente. Essa narrativa alimenta o machismo estrutural, que resiste a aceitar o protagonismo feminino como legítimo.

O referido material recorre a uma retórica machista, misógina e carregada de violência simbólica contra uma mulher que exerce, com firmeza e legitimidade, o cargo mais alto do Poder Executivo municipal. Isso não é política. É machismo. É perseguição. É violência de gênero.

O mais preocupante é que esse tipo de conteúdo parte de figuras públicas, como o ex-vereador autor da postagem em seu perfil no Instagram. Pessoas que conhecem, ou deveriam conhecer, os perigos da violência simbólica, dos discursos que corroem o tecido democrático e desrespeitam a luta histórica por espaço e reconhecimento na vida pública.

Querem transformar autonomia em ingratidão, fazer o povo acreditar que mulher boa é a que obedece calada. Querem ver Lucinha curvada. Submissa.

É necessário derrubar os muros do preconceito e dizer em alto e bom som: Mulher não precisa de padrinho. Precisa de respeito.

Foto Reprodução

Redação/Por Paulo Sérgio – Editor Geral do ExpressoPB 
Foto Reprodução 

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