Diante das novas barreiras tarifárias impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros, os governadores do Consórcio Nordeste iniciaram articulação com o governo federal para tentar conter os impactos das medidas sobre a economia da região.
O movimento conta com a participação do governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), e é liderado pelo presidente do Consórcio, o governador do Piauí, Rafael Fonteles. A mobilização envolve reuniões com representantes da ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), com o apoio direto do vice-presidente e ministro, Geraldo Alckmin.
Impacto sobre setores produtivos
As tarifas, chamadas de “tarifaço”, atingem cadeias produtivas consideradas estratégicas para o Nordeste, como a fruticultura, apicultura, setor têxtil, calçadista, metalmecânico e a indústria automotiva.
Segundo os governadores, o aumento das tarifas pode gerar efeitos em cadeia, prejudicando pequenas e médias empresas, reduzindo a geração de empregos e enfraquecendo os arranjos produtivos locais, responsáveis por boa parte da atividade econômica da região.
“O Nordeste não assistirá passivamente ao impacto dessas medidas. Estamos somando forças com a ApexBrasil e o MDIC para garantir a proteção dos nossos empregos, das nossas empresas e da nossa capacidade produtiva”, afirmou Rafael Fonteles.
Próximos passos
A articulação dos governadores visa influenciar a construção de uma resposta coordenada do governo brasileiro, tanto no campo diplomático quanto no econômico, com ações que possam mitigar os efeitos das novas barreiras. O grupo pretende acompanhar de perto as negociações e continuar mobilizando esforços políticos e institucionais para defender os interesses econômicos da região.
Da redação/ Com Nordeste 1





