A Prefeita eleita de Marí, Lúcia de Fátima, fez na tarde de ontem (19) um forte discurso, talvez o mais forte desde a campanha eleitoral. Lucinha falava para profissionais da saúde durante uma confraternização e talvez emocionada, disse com contundência aquilo que ainda não tinha dito, para quem quisesse ouvir.
Ladeada pelo seu criador político e por familiares dele, Lucinha parecia está sendo vigiada sob os olhares, caras e bocas do trio e sob o testemunho da secretária de saúde que ficou parada, também a observar seu discurso.
Dispara a prefeita: “[…] sofri, fui humilhada; porque? porque sou uma pessoa humilde, pé no chão. Achavam que uma mulher como Lucinha da Saúde, pé no chão, nascida e criada dentro de Marí, trabalhando na casa dos mais carente, sofrendo saindo de Marí pra João Pessoa com os pacientes, tinha dia de comer um doce e beber água, porque não tinha dinheiro para o lanche, não tinha competência de administrar uma prefeitura”, falou em voz forte ao referir-se aos trabalhos de condução de pessoas para os hospitais da capital.
Adiante remediou: “só gente, que administrar uma prefeitura não é só um prefeito não, a gente tem uma equipe, uma equipe capacitada pra nós trabalhar[…]”, disse seguindo com elogios para inflar o ego do prefeito que estava alí a lhe olhar e ouvir.
O detalhe que Dona Lucinha esqueceu de dizer é que esse [despreparo] foi justamente o argumento de seu “criador político” para escolhe-la como sua candidata.
Se Dona Lúcia de Fátima foi humilhada por ser considerada despreparada, agradeça a seu Antonio Gomes que propagou para os quatro cantos da cidade que a incapacidade dela era a grande QUALIDADE encontrada por ele para lhe indicar como sua sucessora. “Vai continuar tudo como está.”, dizia ele aos mais próximos dando a entender com todas as letras que ele continuaria prefeito de fato e ela de direito.
No vídeo do discurso de Lucinha que o Marí 2.0 fez questão de publicar (veja aqui) dá para ver que a plateia (AG e cia) estavam constrangidos em ouvir Lucinha, porque esse não foi um recado para adversários, inconsciente ou não, Lucinha disse para todos os que a ouviam (e não eram adversários que estavam lá) que não aceita ser tratada como uma mulher despreparada e incapaz, ou seja, quer ser tratada e respeitada como prefeita eleita da cidade. Como diz o adágio popular, “para quem tem orelha, foi um par de brincos”. Resta saber se quem a ouviu se emendou do ‘recado’ ou vai fazer ouvido de mercador.
Entretanto, Lucinha tem muito chão para andar e provar para ela, para eles e para o povo de Marí que realmente não é uma mulher despreparada, a começar do início. Se depender dos olhares que a ‘secavam’ – do verbo secar – será difícil para ela provar o contrário do que seu próprio grupo disse a seu respeito antes e durante a campanha. Nos resta apenas desejar-lhe “BOA SORTE!”.
Redação/ExpressoPB