A criança estava sozinha em casa quando o suspeito pulou o muro e pegou uma faca na cozinha. Ele contou à PM que a menina, assustada, foi para uma área de construção inacabada, provavelmente para tentar fugir, mas foi encurralada em um canto e violentada.
“Ele contou que foi com o irmão da vítima até o ponto de ônibus, onde o irmão da vítima foi para a escola. Posterior, ele retornou à residência, pulou o portão e cometeu esse crime”, detalhou o sargento Luciano Alves Francisco, da PM.
O caso, que também foi registrado como estupro de vulnerável, é o 19º feminicídio da região desde o início do ano. Parentes contaram que a menina sonhava em ser ginasta e estava ensinando piano à prima.
Corpo foi encontrado pela mãe
A mãe havia acabado de chegar em casa quando encontrou a filha caída, vestindo apenas uma camiseta, e com vários ferimentos na altura do pescoço e do tronco, que aparentavam ser facadas. A PM e o Corpo de Bombeiros foram acionados, mas ela já estava morta.
Familiares contaram à polícia que a menina costumava ficar com uma vizinha enquanto a mãe estava trabalhando. Por volta de 18h30 e 19h, vizinhos teriam visto um jovem escalando o muro e ouviram a criança gritando.
“Hoje ela não estava [na casa da vizinha]. Era para ter ido, mas ela não foi. Minha irmã não sabe porque ela não foi ou se não deu tempo dela ir”, comentou a tia Adaiza Ferreira em entrevista à EPTV, afiliada da TV Globo.
Suspeito é amigo do irmão da menina
Ainda segundo a PM, o irmão da vítima informou que desconfiava de um amigo que frequenta a casa. Os agentes foram até a casa do jovem, que confessou ter esfaqueado e estuprado a menina. O local foi isolado para perícia e o rapaz levado à delegacia.
“Queremos justiça. A pessoa que fez isso tem que pagar. Tirou a vida de uma inocente cheia de vida, muita coisa para viver. Onde ela entrava, só levava felicidade, amor. Ela estava ensinando minha filha a tocar piano […] a última palavra que ela falou pra mim foi: ‘to ensinando, tia'”, completou Adaiza emocionada.
Outro adolescente foi linchado
O crime deixou a população revoltada. Um outro rapaz que, segundo a Polícia Militar, não teve participação no crime, foi linchado por moradores do bairro. Ricky Martins, tio da menina morta, disse que o rapaz é da família.
“Os policiais que precisam fazer Justiça, não as pessoas. Eu sou da família e falo isso. Eu que estou sofrendo, o que estou aqui. Acredito que a revolta das pessoas tem que ser mais consciente”.