As eleições de 2026 prometem ser um marco no cenário político estadual. Um movimento crescente de prefeitos que estão concluindo seus mandatos e ex-prefeitos tem ganhado força na disputa por vagas na Assembleia Legislativa, trazendo a possibilidade de uma renovação histórica no parlamento estadual. Essa articulação reflete não apenas as ambições individuais desses políticos, mas também as mudanças nas dinâmicas de poder entre municípios e Estado.
Prefeitos e Ex-Prefeitos: Uma Nova Estratégia Política
Historicamente, prefeitos e ex-prefeitos desempenham papéis de destaque na política estadual devido à proximidade com as bases eleitorais. Esse capital político acumulado ao longo dos mandatos no executivo municipal tem sido um trunfo para contribuições ao Legislativo. Em 2026, essa tendência pode alcançar seu ápice, com líderes municipais mirando uma transição estratégica para as assembleias legislativas e, em alguns casos, para o Congresso Nacional.
O exemplo mais recente é o do prefeito de Cajazeiras, José Aldemir, que em recente entrevista a uma emissora de Rádio de Sousa confirmou sua intenção de disputar uma cadeira para a Câmara Federal pelo seu partido, o PP. Aldemir está concluindo o seu segundo mandato e conseguiu eleger sua sucessora.
Outro que já demonstrou intenção de disputar uma vaga para a Câmara Federal é o prefeito de Santa Rita, Emerson Panta. Ele está concluindo seu segundo mandato e elegeu o sucessor.
Entre os fatores que impulsionaram essa estratégia estão o desgaste político dos antigos deputados estaduais e federais e o desejo de renovação expresso pela população. Prefeitos e ex-prefeitos, por sua vez, reúnem um conjunto de características que os tornam competitivos: um nome consolidado em suas regiões, histórico de gestão pública e capacidade de mobilizar apoios em escala local.
Prefeitos em exercício têm uma vantagem competitiva nas eleições estaduais. O controle sobre políticas públicas locais, a interação direta com os investidores e o acesso aos recursos governamentais são fatores que podem alavancar estratégias. No entanto, os ex-prefeitos também entram com força na disputa. Eles trazem uma bagagem de entrega e, muitas vezes, ainda desfrutam de forte apoio popular em seus cidades.
Essa conjuntura levou analistas políticos ouvidos pelo ExpressoPB.net a prever um cenário de alta competitividade em 2026. As alianças regionais e a capacidade de mobilização desses líderes locais serão determinantes para o resultado.
Embora a ideia de uma renovação de 90% na Assembleia Legislativa pareça ousada, ela não é impossível. As eleições estaduais têm um reflexo das demandas populares por novas lideranças e pela exclusão da política tradicional. Prefeitos e ex-prefeitos, com seus mandatos executivos bem-sucedidos, podem encarnar essa mudança.
Além disso, o cenário atual é marcado por uma insatisfação crescente com dados políticos de longa data. Essa insatisfação se traduz em uma maior abertura para candidaturas de perfil renovador, especialmente aquelas com raízes nos municípios.
Para a Assembleia Legislativa, já comenta-se os nomes de 2026, a exemplo do prefeito de Solânea, Kayser Rocha, que também conseguiu eleger seu sucessor; o da Prefeita de Riachão do Poço, Cilinha Dias, onde fez o sucessor com facilidade; o do prefeito de Cabedelo, Vitor Hugo, que fez o sucessor na cidade portuária; o da Primeira Dama de Sapé, Dra. Denise Ribeiro, onde o marido foi campeão de votos para seu segundo mandato; o da Primeira Dama de Bananeiras, Maria Porto, onde o marido foi reeleito com folga. Esses nomes são apenas para ilustrar, pois a lista vai muito além do que se comenta.
Se a Assembleia Legislativa passar por uma renovação tão profunda, os desafios para a governabilidade podem aumentar. Um parlamento renovado traz novas perspectivas, mas também exige maior articulação do Poder Executivo para estabelecer coalizões.
Por outro lado, essa renovação pode significar uma oxigenação positiva, com respostas mais alinhadas às demandas reais das comunidades que representam. Prefeitos, ex-prefeitos e/ou seus indicados têm a oportunidade de levar suas experiências administrativas para o debate legislativo, contribuindo com soluções práticas para problemas do cotidiano.
Com prefeitos e ex-prefeitos mirando nas eleições de 2026, a política estadual entra em uma fase de transformação. A possibilidade de uma renovação quase que completa na Assembleia Legislativa reflete não apenas a força das lideranças locais, mas também o desejo do eleitorado por mudanças significativas. Esse cenário torna o pleito de 2026 um dos mais imprevisíveis e disputados e com isso os atuais deputados que se cuidem, ou valoriza suas bases e seus aliados ou podem ver escapar das mãos os mandatos que lutaram para conseguir em 2020.
Redação/ExpressoPB