Para quem, como eu, trabalha com a cobertura política, o rádio é muito mais que um meio de comunicação; é uma verdadeira tribuna, um espaço de diálogo direto com a sociedade. Acredito que meu papel é descomplicar a política, levar os bastidores do poder ao povo e, de certa forma, criar pontes entre cidadãos e governantes. Numa era de redes sociais e fake news, o rádio ainda se destaca como um veículo em que a confiança é central. Nossa responsabilidade, enquanto profissionais, vai além da informação: é também a de garantir que essa informação seja clara, imparcial e responsável.

Na Paraíba, um estado rico em personagens e histórias políticas, o rádio ganha uma dimensão especial. Aqui, ele é presença constante na vida do paraibano, que acompanha atentamente as notícias, as análises e as entrevistas. É um público exigente, que não se deixa enganar, e que cobra transparência e qualidade. Trabalhar nesse ambiente me fortalece como comunicador e me desafia a ser cada vez mais preciso e comprometido com a verdade.

É emocionante ver como o rádio evoluiu sem perder sua essência. Hoje, muitos programas estão disponíveis em plataformas digitais, ampliando o alcance e permitindo que a nossa mensagem chegue a novos públicos. Ainda assim, o rádio continua sendo uma experiência única: é o calor da voz, a espontaneidade do diálogo e a sensação de proximidade que só ele proporciona. Como radialista, sinto essa responsabilidade e a abraço, sabendo que a nossa fala é o eco de muitos, e que a credibilidade do nosso trabalho é conquistada a cada dia.

Neste Dia do Radialista, dedico meu respeito e admiração a todos os colegas que, com coragem e paixão, informam, questionam e dão voz a quem precisa ser ouvido. A vocês, que acordam cedo ou varam madrugadas, que enfrentam desafios técnicos e pressões, mas não abrem mão do compromisso com a verdade, meu muito obrigado. Que possamos seguir firmes, fazendo o que sabemos de melhor: dar voz à Paraíba e ao Brasil, com ética, dedicação e paixão.

Redação/Por: Napoleão Soares