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Monitor da Violência: em meio a guerra de bandidos, RJ tem alta de 15,8% nos assassinatos, na contramão do resto do país

Nos 3 primeiros meses do ano, foram registrados 924 assassinatos; no mesmo período de 2022, foram 798. Guerra entre quadrilhas de traficantes e milícias é apontada como principal motivo.

Enquanto no Brasil o número de assassinatos continua em queda em 2023 (0,7%), segundo o índice nacional de homicídios criado pelo g1, o estado do Rio de Janeiro vai na contramão: nos três primeiros meses deste ano, houve alta de 15,8% em relação ao mesmo período do ano passado.

Foram contabilizados 924 assassinatos no 1º trimestre de 2023, contra 798 registrados entre janeiro e março de 2022. A alta é a quarta maior do país, atrás apenas de Amapá (87%), Acre (20,9%) e Piauí (19,2%)

Estão contabilizadas no número as vítimas dos seguintes crimes: homicídios dolosos (incluindo os feminicídios), latrocínios (roubos seguidos de morte) e lesões corporais seguidas de morte.

Segundo especialistas ouvidos pelo g1, a guerra entre criminosos pelo controle de comunidades nas zonas Oeste, Norte e na Baixada Fluminense é o principal motivo para a alta.

“Há uma reorganização da dinâmica do crime. O Comando Vermelho está reagindo às milícias e, em alguns casos, se compondo com outras para poder retomar territórios (…) No fundo, o momento é de confronto mesmo, de um novo ciclo da guerra que tanto atinge o estado”, explica Renato Sérgio de Lima, diretor-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Na Zona Oeste, por exemplo, dobrou o número de tiroteios nos cinco primeiros meses do ano (veja no vídeo abaixo).

Dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) apontam que as mortes violentas em áreas de conflito cresceram 24% em fevereiro.

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