Larissa Bressan, 35, proprietária da clínica odontológica de luxo Hiss Clinical, que fica no Itaim Bibi, em São Paulo (SP), foi denunciada por assédio moral e sexual por 11 ex-funcionários. O caso foi parar na Justiça do Trabalho. Ela nega as acusações.
As acusações, de acordo com matéria do Fantástico, da TV Globo, vão desde toques inapropriados, constrangimento sexual, até gritos, tapas e ameaças, segundo ex-funcionários.
Eles afirmaram ao programa que a dentista os obrigava a tirar a roupa na frente de colegas, passava a mão pelo corpo deles, e até tirava a própria roupa no meio de todos.
Gritos e humilhações também faziam parte da rotina, segundo os relatos. Em um dos áudios exibidos pelo Fantástico é possível ouvir Larissa mandando um funcionário ir embora: “Não quer tomar xingo, abre o consultório de vocês. […] Você não é formado em nada. Abre uma casinha de camelô na 25 (de Março)”, disse.
“Ela abaixava as calças, mostrava as partes íntimas. E ela passava a mão, fazia as pessoas cheirarem. […] Ela queria que eu mostrasse as minhas partes para as pessoas, para os funcionários homens, ou ia me demitir. Eu ficava revoltada, mas eu tinha que fazer para continuar no emprego”, disse uma ex-funcionária.
Em outra gravação ela fala: “como é que você me pega uma coisa que é 110 e me enfia 220 se tem uma etiqueta gigantesca com 110? Não acredito, vocês queimaram o motor elétrico de novo. Eu juro por Deus, que se eu tivesse a possibilidade, se eu pudesse, eu te jogava do 12º andar.”
“Ela me levou para conhecer a equipe. E tava todo mundo na sala, tava conversando. E uma menina se abaixou para pegar uma coisa no armário pessoal. A Larissa veio por trás dela, pegou a cabeça da menina, e levou até a vagina dela e esfregou como se tivesse fazendo alguma coisa ali nessa região”, contou um homem.
“Na minha primeira semana, eu vi ela pelada. Ela levantava o vestido, levantava a roupa, ela mostrava os peitos, ela fazia isso. Na presença de qualquer um. […] Era um pânico. Eu nunca imaginei que ia estar em uma situação dessa”, relato de outro funcionário.
A defesa de Larissa afirmou ao Fantástico por meio de nota que “em 11 anos de consultório, nunca houve notícia a respeito dos fatos” narrados na reportagem nem “qualquer reclamação formal”, que “em nenhum momento esses funcionários a procuraram para uma conversa”. Além disso, alegou que “os ataques à honra da cirurgiã-dentista começaram após a demissão de um funcionário” e que agora ela é alvo de uma “campanha de discurso de ódio”.
Redação/Forum