Os números da pesquisa OPINIÃO publicadas na imprensa em clima de comemoração pelo prefeito Fábio Tayrone da cidade de Sousa, com mais de 70% de aprovação popular de sua gestão não é o suficiente para rotula-lo como protagonista no cenário político daquela importante região.
Fábio já foi homem forte, de influência capaz de interferir nas decisões políticas a nível de estado, mas já há algum tempo perdeu seu poder de fogo além das fronteiras da cidade sorriso.
Atropelos e confusões desnecessárias na vida pessoal colocou Tayrone em certo ostracismo que só o sousense foi capaz de dar-lhe uma segunda, terceira chance como foi em sua reeleição em 2020.
O que o político faz na vida pessoal, resvala na vida pública e com Fábio não é diferente. Em 2018 foi denunciado por agressão a ex-namorada; o TJPB chegou a proibir sua aproximação da ex-companheira e isso foi o suficiente para ‘ofuscar’ o brilho de um político de futuro para a região sertaneja.
Se na seara política a situação de Fábio Tayrone perdeu protagonismo graças a esses e outros episódios, na gestão pública não é diferente. No dia em que o Opinião deu o resultado de sua pesquisa de avaliação positiva, o Pleno do Tribunal de Contas da Paraíba (TCE-PB) julgou parcialmente procedente um recurso de reconsideração interposto por ele, porém manteve a reprovação das contas do exercício financeiro de 2018 da Prefeitura de Sousa.
O gestor sousense deixou de recolher o valor total de R$ 6.658.529,19 (seis milhões, seiscentos e cinquenta e oito mil, quinhentos e vinte e nove reais e dezenove centavos), correspondente a 55,18% do total devido a previdência. Em números reais, a Prefeitura de Sousa recolheu ao INSS o valor total de R$ 5.522.845,01 (cinco milhões, quinhentos e vinte e dois mil, oitocentos e quarenta e cinco reais e um centavo), para uma previsão de R$ 12.181.374,20 (doze milhões, cento e oitenta e um mil, trezentos e setenta e quatro reais e vinte centavos), de contribuição patronal.
Para muitos que imaginavam ver um Fábio capitaneando os rumos da política do sertão, vai se contentando com o prefeito se conduzindo para concluir o seu mandato em Sousa sem voos altos, apenas rasantes.
Como diria o saudoso Simão Almeida naquele episódio envolvendo o rompimento entre Ricardo Coutinho e Nadja Palitot na prefeitura de João Pessoa em 2005: “O voo de Fábio Tayrone na política estadual se compara ao de uma galinha, longe de ser de uma águia”.
Da Redação
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