Diálogos envolvendo “pênis inflável” na Fiocruz e “atriz pornô em estudo sobre cloroquina” agitaram os trabalhos realizados por senadores na CPI da Covid, que investiga ações e omissões do governo federal durante enfrentamento da pandemia da covid-19. A reportagem é do portal Uol.
As falas no mínimo curiosas viralizaram nas redes sociais e entraram para a lista de assuntos mais comentados no Twitter. Na primeira delas, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) resgatou um áudio gravado pela secretária de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde, Mayra Pinheiro, popularmente conhecida como “Capitã Cloroquina” por sua defesa no uso do medicamento sem comprovação científica contra a covid-19.
Na gravação, Mayra faz críticas à Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), em que questiona uma suposta atuação enviesada da entidade e a acusa de ser contra todo mundo que “não é de esquerda”. Ela diz, por exemplo, que “tudo deles [na Fiocruz] envolve LGBTI [Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais e Intersexual], eles têm um pênis na porta da Fiocruz”.
Randolfe então questiona sobre a fala à servidora do Ministério da Saúde, que reafirma ter visto um pênis inflável nas instalações da Fiocruz. O presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), no entanto, entende “tênis” em vez de “pênis”.
Atriz pornô
Já no final da sessão, o senador governista Luis Carlos Heinze (Progressistas-RS) recuperou a história revelada em junho do ano passado, quando a empresa Surgisphere —que conduziu um teste publicado na revista científica “The Lancet”, condenando o uso da cloroquina contra a covid-19— descobriu depois que entre os funcionários constavam uma atriz pornô e uma escritor de ficção científica.
“Pesquisadores começaram a investigar e descobriram que a gerente de vendas da Surgisphere era, pasmem, Sras. Deputadas que estão aqui, Srs. Senadores, a gerente de vendas da Surgisphere era uma atriz pornô. Uma atriz pornô. Nada contra ela”, disse Heinze.
Na ocasião, os autores do artigo afirmaram que a Surgisphere, a empresa que forneceu os dados, não iria transferir o conjunto completo de dados para uma análise independente e “não podem mais garantir a veracidade das fontes primárias de dados”.
Nas redes sociais, muita gente confundiu a história relatada por Heinze com o meme da atriz pornô libanesa Mia Khalifa, citada como doutora Marcela Pereira, uma suposta infectologista do Instituto Emílio Ribas e que estaria conduzindo um estudo sobre o uso da cloroquina no tratamento da covid-19.
O meme que circulou no início da pandemia já foi desmentido por agências de checagem. Os dois assuntos mobilizaram internautas nas redes sociais.
Da Redação
Do ExpressoPB





