
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciou que vai entregar um lote com 4,7 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca na sexta-feira (23). A entrega das quase cinco milhões de doses estava prevista para ocorrer em duas etapas, sendo que uma primeira remessa seria despachada para o Ministério da Saúde ainda nesta quarta-feira (21).
O adiamento que levará a uma entrega única foi definida em acordo com os responsáveis pelo Programa Nacional de Imunização (PNI), segundo a fundação.
Neste mês, no dia 2, a Fiocruz entregou 1,3 milhão de doses. No dia 14, foram entregues outras 2,2 milhões de doses. A Fiocruz prevê a entrega de 18,8 milhões de doses em abril. O número é inferior ao anunciado pelo Ministério da Saúde, que previa 21 milhões.
Ao todo, a fundação já entregou 10,8 milhões doses produzidas por Bio-Manguinhos ao Ministério da Saúde desde o dia 17 de março. A Fiocruz tem contrato com ministério para entregar 104,4 milhões de doses no 1º semestre e 110 milhões no 2º semestre.
Que vacina é essa? Oxford Astrazeneca
Capacidade e previsão para os próximos meses
O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), da Fiocruz, é o responsável pela produção das doses. O órgão já alcançou a marca de produção de 900 mil doses por dia, e considera que o risco de não cumprimento das previsões é quase zero, uma vez que a entidade já recebeu IFA para manter a produção até meados de maio.
Uma nova remessa de IFA da China está sendo aguardada para produção a partir da terceira semana de maio. Quanto ao contrato para transferência de tecnologia, a Fiocruz informa que a expectativa é que seja assinado no início de maio. E, em maio também, a Fiocruz vai incluir mais um turno na produção de doses da vacina Oxford/Astrazeneca. Com isso, a Fiocruz deve chegar à produção de 1,2 milhões de doses por dia.
Atrasos na produção
A produção da Fiocruz sofreu atrasos que começaram com problemas na importação do IFA. Eram aguardados ainda em janeiro insumos suficientes para 15 milhões de doses, como disse o então ministro Eduardo Pazuello. Ele explicou que, como compensação pelo atraso, a AstraZeneca se comprometeu a entregar 12 milhões de doses prontas.
Mas os atraso continuaram em fevereiro, travando a utilização da fábrica que é capaz de produzir até 1,4 milhão de vacinas por dia e impedindo as primeiras entregas previstas já para a segunda semana daquele mês. Além disso, em março, o Instituto Serum, da Índia, que fornece o insumo, também notificou o atraso no envio das doses prontas. Das 12 milhões aguardadas, apenas 4 milhões de doses prontas foram entregues.
A Fiocruz ainda teve que lidar com um problema em uma linha de produção, o que provocou a paralisação de uma semana no processo de produção no começo deste mês. De acordo com “O Globo”, o problema foi em uma máquina que tampa os frascos da vacina.
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Da redação/ Com G1





