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Brasil encerra pior mês da pandemia com novo recorde: 3.950 mortes em 24 h

 

O Brasil registrou hoje o dia mais letal da pandemia do novo coronavírus. Foram 3.950 mortes nas últimas 24 horas. O número ultrapassa o recorde de ontem, quando 3.668 brasileiros perderam a vida em decorrência da doença.

Nos últimos sete dias, o Brasil registrou mais de 20.799 mortes. É a primeira vez que o país alcança esse número. O levantamento é do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte, com base nos dados fornecidos pelas secretarias estaduais de saúde.

A pandemia nos estados

Três estados e mais o Distrito Federal estabeleceram hoje o seu recorde de mortes em 24 horas

  • Bahia – 160 (antes era 155, de 26 de março de 2021)
  • Ceará – 282 (antes era 261, de 21 de maio de 2020)
  • Distrito Federal – 117 (antes era 94, de 30 março de 2021)
  • Paraíba – 73 (antes era 70, de 30 de março de 2021)

Dez estados e mais o Distrito Federal reportaram mais de cem mortes por covid-19 nas últimas 24 horas. Nestes locais, o total de vítimas soma 3.400:

  • São Paulo – 1.160
  • Minas Gerais – 417
  • Rio Grande do Sul – 304
  • Rio de Janeiro – 295
  • Ceará – 282
  • Paraná – 196
  • Goiás – 182
  • Bahia – 160
  • Santa Catarina – 133
  • Distrito Federal – 117
  • Mato Grosso – 100

O Brasil em números

Na primeira onda:

  • Maior número de mortes em 24 h: 1.554 (19/7)
  • Maior média móvel de óbitos: 1.097 (25/7)
  • Maior período com média acima de mil: 31 dias
  • Maior número de óbitos em uma semana: 7.679 (de 19/7 a 25/7)

Na segunda onda:

  • Maior número de mortes em 24 h: 3.950 (31/3)
  • Maior média móvel de óbitos: 2.971 (31/3)
  • Maior período com média acima de mil: 70 dias
  • Maior número de óbitos em uma semana: 17.838 (de 21/3 a 27/3)

As 35 maiores médias móveis de mortes por covid-19 no Brasil ocorreram nos últimos 35 dias. As dez mais altas são as seguintes:

  • 31 de março – 2.971
  • 30 de março – 2.728
  • 29 de março – 2.655
  • 28 de março – 2.598
  • 27 de março – 2.548
  • 26 de março – 2.400
  • 23 de março – 2.349
  • 22 de março – 2.298
  • 24 de março – 2.279
  • 25 de março – 2.276

Os cinco dias com maior número de mortes em toda a pandemia ocorreram nas duas últimas semanas (os números não indicam quando os óbitos ocorreram de fato, mas, sim, quando passaram a contar dos balanços oficiais):

  • 31 de março – 3.950
  • 30 de março – 3.668
  • 26 de março – 3.600
  • 27 de março – 3.368
  • 23 de março – 3.158

Dados da Saúde

O Ministério da Saúde informou nesta quarta-feira (31) que o Brasil registrou 3.869 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Este é o segundo dia consecutivo no qual o país computa o maior número de óbitos causados pela doença em toda a pandemia, pelos dados da pasta.

O recorde anterior, verificado na terça-feira (30), apontava um total de 3.780 mortes em um intervalo entre um dia e outro. O total de óbitos provocados pela doença desde março de 2020 chegou a 321.515.

Nas últimas 24 horas, houve 90.638 testes positivos para o novo coronavírus em todo o país, elevando o total de infectados para 12.748.747, segundo o ministério.

De acordo com o governo federal, 11.169.937 pessoas se recuperaram da covid-19 até o momento no Brasil, com outras 1.257.295 em acompanhamento.

Bolsonaro diverge de Queiroga, Pacheco e Lira sobre isolamento social

A primeira reunião do novo comitê formado pelo governo e Congresso, criado na semana passada para discutir ações contra a pandemia do coronavírus, terminou com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) indo na linha contrária a declarações do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que também participaram do encontro.

O presidente voltou a criticar medidas de distanciamento social um dia após o Brasil registrar 3.668 mortes em 24 h. Já Queiroga, Pacheco e Lira se pronunciaram a favor das restrições para conter o avanço do vírus no país. O isolamento social é defendido pelas autoridades de saúde para tentar diminuir a transmissão do novo coronavírus.

Bolsonaro manteve o discurso que reproduz desde o início da pandemia, dizendo que o isolamento social prejudica a economia.

“O apelo que a gente faz aqui é que políticas de lockdown sejam revistas, isso cabe na ponta da linha aos governadores e prefeitos, porque só assim nós podemos voltar à normalidade”, afirmou. Sem citar os países, ele afirmou haver casos na Europa de “fadiga” e “estresse” com o lockdown.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.

Da redação/ Com UOL

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