É deprimente o olhar da classe política da Paraíba para a cidade de Mari, com uma população de cerca de 22 mil habitantes e que ao longo das décadas, com raríssimas exceções, tem sido literalmente escanteada quando o assunto é investimentos do governo do estado.
Nesses últimos 15 dias a mídia vem informando que cidades do mesmo porte ao seu redor está recebendo investimentos do governo do estado, alias, cidades muitos menores que ela estão tendo benefícios de mobilidade urbana e infra estrutura, mas Mari, nada!
Vejam, caros leitores, a pequena cidade de Cuitegi, na região de Guarabira, está tendo suas principais ruas asfaltadas, na outra ponta, Araçagi recebe asfalto em suas ruas, investimentos do governo estadual. Até o pequeno distrito de Renascença, na cidade de Sapé terá a sua via de acesso asfaltada pelo governo estadual e Mari, nada!
É emblemático que o município que tem uma rodovia que o interliga a BR 230, que está tendo seu calçamento todo danificado pela passagem de caminhões pesados de carga, não consiga atrair a atenção de uma autoridade estadual a exigir do governador o asfaltamento dessas vias que interligam a PB 059 a 073.
Entretanto, a responsabilidade desse descaso no olhar para Mari deve ser divida com sua classe política local. Odienta, soberba e egoísta o grande serviço que essa classe política tem feito pelo povo de Mari é trabalhar pela divisão social, conseguir cargos no estado para seus cabos eleitorais e trazer seus candidatos a deputados debaixo do braço a cada quatro anos para levar o voto do povo. Depois da eleição, os candidatos eleitos ou não acabam o compromisso com a população, o exemplo disso está aí.
A pergunta que abre esse editorial, caí muito bem nesse momento, quando se assiste o governo do estado distribuindo obras em todos os cantos e recantos da Paraíba ignorando Mari, como se ela não existisse no mapa do estado. Até quando Mari será olha apenas na hora do voto? Onde estão os deputados votados na cidade pelas lideranças políticas locais? Responder essa pergunta para nós será muito difícil esse ano. Em 2022 não faltarão deputados e candidatos prometendo não asfalto nas suas ruas, mas até ladrilhar com pedrinhas de brilhante. Difícil é cumprir as promessas…
Da Redação
Editorial
