Sem sinais visíveis de agressão, empresária se apresenta, vai para prisão domiciliar, mas defesa do marido morto vai recorrer

Publicado em domingo, abril 12, 2020 · Comentar 


Foto: @Mofiparaiba

A empresária Taciana Ribeiro, suspeita de matar o marido em uma fazenda em Sapé, vai usar tornozeleira eletrônica durante a prisão domiciliar. Ela não tem sinais visíveis de agressão física, mas foi submetida a exame de corpo de delito. As informações foram repassadas na noite deste sábado (11) pela assessoria de imprensa da Polícia Civil.

A prisão preventiva da empresária já havia sido decretada antes dela se apresentar.

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“Apesar de não apresentar ferimentos visíveis, a mulher foi submetida a exames de corpo de delito. No mandado de prisão preventiva, expedido pela Justiça a pedido da Polícia Civil, o magistrado converteu a permanência da mulher em unidade prisional em prisão domiciliar. Após ser ouvida, ela foi submetida a exames de corpo de delito e levada para um presídio, onde receberá uma tornozeleira eletrônica. Em seguida, será levada para a residência informada nos autos judiciais”, informou a assessoria de imprensa da Polícia Civil ao site Clickpb.

O advogado Daniel Alisson, que representa a família da vítima disse que deve recorrer da prisão domiciliar por entender que a acusada não tem direito a esse benefício.

“O próprio STF vem decidindo que acusadas de homicídio não podem ficar em prisão domiciliar. A defesa não quer acreditar que, por ser a empresária integrante da família mais tradicional e rica da Paraíba, a Justiça e o Ministério Público tenham esquecido do que diz a lei”, disse.

Em matéria publicada no site Wscom, o advogado também questiona a possível alteração da cena do crime mediante o longo tempo passado, segundo ele, para a notificação do mesmo, e a ausência prestação de socorro à vítima por parte da acusada.

“Entre o momento do crime e a notificação das autoridades competentes, passaram-se mais de quatro horas, tempo mais que suficiente para alterar a cena do crime e criar uma narrativa mais favorável à assassina. E, mais grave ainda, tempo em que poderia ter sido prestado socorro e salvado a vida da vítima. Assim, além de atirar no marido, ela o deixou morrer à míngua, sem acionar o SAMU ou levá-lo até um hospital, demonstrando a crueldade e a intenção premeditado de ceifar sua vida”, concluiu o advogado Daniel Alisson.

Da Redação 
Do ExpressoPB

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