No Dia Mundial de Combate ao Câncer, o ExpressoPB.net replica matéria da revista EXPRESSO, de outubro de 2015, que conta a história de superação da servidora pública Maria de Lourdes da Silva, 41 anos, que em 2010 descobriu um câncer de mama, mas não se rendeu as dores e conseguiu vencê-las com persistência e autoestima. “No começo me assustei, fiquei um pouco triste, mais de repente eu levantei minha cabeça e disse: eu vou ficar boa”, revelou em entrevista para EXPRESSO. Confira a seguir na íntegra:
O incrível teste de sobrevivência
A personalidade do mês trazida por EXPRESSO tem um grande simbolismo para a luta das mulheres que se superam ao descobrirem que estão acometidas com um câncer. A história de superação da servidora pública que ao descobrirem que estão acometidas com um câncer. A história de superação da servidora pública que ao descobri um câncer de mama em 2010, revela o perfil de uma mulher que não se rendeu as dores do câncer, mas que conseguiu vencê-las com muita persistência.
Maria de Lourdes da Silva ou apenas Nenza, 41 anos de idade, servidora pública, descobriu o câncer em dezembro de 2010. Nenza revela ao repórter Silvano Silva que certo dia ao tomar banho quando apalpou um dos seios encontrou algo diferente, daí procurou a médica que a encaminhou para realizar exames onde se detectou que realmente era câncer.
Nenza revela que do diagnóstico até a cirurgia demorou muito, porque sem condições financeiras teve que enfrentar o sistema público de saúde: “demorou muito porque pelo poder público tudo é devagar”, lamentou. Mas isso não foi obstáculo para ela que só veio realizar a cirurgia em fevereiro de 2012.
“No começo me assustei, fiquei um pouco triste, mais de repente eu levantei minha cabeça e disse: eu vou ficar boa”, conta com entusiasmo. Ela diz que se operou no Hospital Laureano, fez os tratamentos, quimioterapia, e só veio fazer radioterapia em 2014 devido a uma deficiência no braço, com a retirada da mama, e apesar de toda a debilidade que o tratamento resulta, fez fisioterapia na Clínica de Reabilitação do município. “Eu fiquei sem mexer com esse braço [apontando para ele] após a retirada da mama, mas graças a Deus eu fiz e tive sucesso”, comemora.
“Sofri muito, principalmente nas quimioterapias, tinha dia que eu dizia assim: meu Deus, hoje eu não vou não; mas Deus é tão bom que dizia “vá” e eu ia”, assim descreve seus momentos de angustia.
Nenza contou a nossa reportagem que tinha dias em que ela se recusava a receber visitas, suas amigas chegavam para lhe visitar e ela pedia para que elas fossem embora. Apesar de todo o sofrimento, Deus foi sempre presente em sua vida e nesses momentos difíceis.
A autoestima foi um fator preponderante na recuperação de Nenza, conforme ela mesa revelou a EXPRESSO. “Graças a Deus eu fui uma vencedora, nunca baixei a minha cabeça; realmente é uma doença que maltrata muito a gente, mas tem doença que maltrata mais que o câncer. Ele não me intimidou não, sempre fui positiva.”, assevera.
Conhecedora da enfermidade, Nenza aconselha as mulheres a conhecerem seu corpo, se apalparem, fazerem o auto exame, se detectarem algo estranho procurar o médico. “Eu peço a todas as mulheres que não se intimidem, não tenham vergonha, façam seu tratamento, a gente sofre mais a gente vence”.
Com relação aos traumas e preconceitos, Nenza disse ter superado todos e por mais díficil que seja a doença ela não enfrentou preconceito. Mas ao falar de traumas, não esquece a queda do cabelo: “eu fiquei um pouco triste, mas depois eu disse, vai crescer, fiquei pelada por um tempo, mas hoje estou aqui com eles”, disse.
A relação com os amigos e com a família foi bastante importante para a sua recuperação e aproveitou para agradecê-los: “meus filhos Kaio e Kaline me ajudaram muito no tratamento sempre iam comigo, os amigos, a Vera Pontes que me ajudou muito, na verdade o apoio dos amigos e familiares foi bastante importante”.
Ao final da conversa Nenza foi direta: “graças a Deus eu estou bem! Eu fui curada.”, comemorou.
Publicado – Edição 13
Revista EXPRESSO/Outubro 2015





