O dia 21 de outubro é comemorado o Dia Municipal de Mobilização Pela Inclusão dos Portadores de Deficiências Físicas. A data foi instituída em maio deste ano através da Lei Municipal Nº 1003/208, de 11 de maio de 2018.
A lei de autoria do vereador Alisson Gomes, marca o aniversário da criança Maria Clara da Silva Sales, deficiente física, portadora de necessidades especiais, que tornou-se referência na discussão pela ampliação dos direitos de pessoas deficientes.
“Com a criação dessa lei, nós temos dado nossa parcela de contribuição nesse sentido, procurando fazer com que cada vez mais as pessoas com deficiência sejam respeitadas e valorizadas na comunidade e no mercado de trabalho, sem falar que o poder público reconhece uma dívida antiga com esse segmento da sociedade mariense que sempre foi esquecido”, disse o vereador Alisson Gomes, que também preside o Poder Legislativo de Mari.
A lei que recebe o apelido de “Lei Clarinha”, visa promover na data de 21 de outubro uma série de atividades de conscientização, mobilização com vistas a inclusão social dos portadores de deficiências físicas com foco na implementação de programas e atividades inclusivas ao longo do ano.
Para a mãe da garotinha Maria Clara, a sra. Fabiana Gomes, a lei reforça a necessidade de chamar a atenção da sociedade para a temática, mas ressalta que a mesma precisa ser aprimorada com a inclusão de direitos, muitas vezes negados pelo poder público.
“A iniciativa é bastante importante, mas precisamos incluir na lei, não apenas a data em si, mas direitos que muitas vezes são negados pelo poder público, como por exemplo, acessibilidade em todos os órgãos públicos, praças e avenidas”, ressaltou Fabiana.
Maria Clara – A garotinha Maria Clara tem 9 anos de idade, nasceu com hidrocefalia – acúmulo de líquido no cérebro – mais mielomeningocele, e no mesmo dia se submeteu a uma cirurgia no medula espinhal, além de colocar uma válvula para retirada desse líquido 15 dias após seu nascimento.
Como consequência, Maria Clara perdeu sua mobilidade nos membros inferiores e necessita de ajuda para fazer suas necessidades fisiológicas.
O caso de Clarinha ficou conhecido em 2014, quando o poder público negou as condições de tratamento da garotinha, sendo preciso a intervenção do Ministério Público, após a prefeitura negar o transporte para que a mesma pudesse se tratar em João Pessoa, Recife e Fortaleza, onde faz consultas periódicas.
Toda a repercussão do caso despertou na sociedade mariense a necessidade de se cuidar de pessoas com deficiência, garantindo-lhes direitos e assegurando acessibilidade e respeito.
Da Redação
Do ExpressoPB