Advogados pedem à Justiça soltura imediata de Nuzman, presidente do COB

Publicado em domingo, outubro 8, 2017 · Comentar 


A  defesa de Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), recorreu à Justiça Federal pedindo, em caráter liminar, a soltura imediata dele. Além de argumentar que ele é inocente nas acusações de fraudes na escolha do Rio como sede das Olimpíadas de 2016, destaca que ele precisa de cuidados especiais com a saúde.

Segundo os advogado, Nuzman foi submetido a “seríssima cirurgia de dissecção de sua aorta, a impor cautelas especiais”.

O pedido de habeas corpus foi apresentado ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região nesta sexta-feira (6), um dia após Nuzman ter sido preso, em casa, por suspeita de ter intermediado a compra de votos de integrantes do Comitê Olímpíco Internacional (COI) para a eleição do Rio como sede da Olimpíada de 2016.

O pedido apresentado nesta sexta-feira é um aditamento outro habeas corpus apresentado pela defesa no mês passado, no qual pedia a nulidade de todo o procedimento de busca e apreensão realizado pela Polícia Federal na casa de Nuzmanno dia 5 de setembro.

No primeiro pedido, os advogados alegaram que houve “participação abusiva de autoridades francesas em diligências policiais no território brasileiro, em investigação de fato definido como crime na França, mas destituído, por completo, de tipicidade penal na Lei brasileira”.

No novo habeas corpus, requerido após a prisão de Nuzman, os advogados argumentam que ele é inocente quanto as suspeitas que lhe pesam e que não há razões jurídicas que justifiquem a medida restritiva de liberdade.

“O paciente jamais exerceu qualquer cargo público e a suposta compra de voto para eleição da cidade do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016 envolveria apenas entidades privadas, episódio longevo, ocorrido há cerca de oito anos”, argumentaram os advogados.

Os advogados também afirmaram que “causa estranheza” haver duas investigações em curso sobre o mesmo tema – uma comandada pelo Ministério Público e outra pela Polícia Federal. Segundo os defensores, “a dualidade de investigações resultou na arbitrariedade” que levou à prisão do presidente do COB.

G1

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