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Racionamento d’água em CG só será suspenso quando Boqueirão atingir 34 milhões de metros cúbicos de água

Iniciado há mais de dois anos, por conta do baixo volume de água armazenada no açude Epitácio Pessoa, o racionamento pode estar prestes a ser suspenso em Campina Grande e demais cidades abastecidas por Boqueirão.

O gerente regional da Companhia de Água e Esgoto da Paraíba (Cagepa), Ronaldo Meneses, disse que o racionamento será interrompido quando Boqueirão atingir 34 milhões de metros cúbicos de água acumulada.

– Hoje, estamos usando o volume morto do manancial, ou seja, aquele volume intangível. Começamos a utilizar esse volume morto no dia 18 de julho de 2016, quando começamos a distribuir por zona. Naquela época o açude estava bem próximo a 34 milhões de metros cúbicos. Então, podemos pensar em sair do racionamento quando o manancial atingir os 34 milhões de metros cúbicos, porque quando tiver com este volume, vamos poder puxar com as bombas flutuantes e com a tomada de fundo. Enquanto isso, continua normalmente o racionamento aos moldes do que está hoje – destacou.

Além disso, ele informou que a companhia na última semana realizou coletas da água do Velho Chico, em alguns pontos, para analisar a qualidade e suas características.

– Eu ainda não tive acesso aos resultados, porque tem análises que demoram semanas. Mas acredito, sim, que a água detém boa qualidade e dá para tratar tranquilamente. O que precisamos saber também são características que ela vai trazer do São Francisco que não tínhamos ainda – concluiu.

Ele explicou que a expectativa era de que as águas da transposição do rio São Francisco chegassem ao Açude Epitácio Pessoa no final de abril deste ano. Porém, segundo ele, a Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa) fará medições para ter uma previsão mais precisa da chegada das águas ao manancial. Privatização – Em entrevista a Rádio Caturité AM, Ronaldo Meneses também se pronunciou sobre a possível privatização da Companhia. Ele acredita que este momento não é adequado para se discutir esse assunto.

– É um momento de crise hídrica, a própria Cagepa enfrenta muitas dificuldades na sua operação e há toda uma série de fatores. O que está se querendo passar para população é uma má prestação de serviços. Se a Cagepa não tivesse instalado em tempo hábil a captação flutuante, a Cagepa não estaria distribuindo água como distribuiu com o açude quase seco – comentou.

No dia em que o racionamento de água começou, em 6 de dezembro de 2014, o açude, que tem capacidade para 411.686.287 metros cúbicos de água, estava com pouco mais de 98,557 milhões, que correspondia a 23,9% Hoje o manancial está com menos de 3% de sua capacidade.

Da redação Com Severino Lopes

via PB Agora

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