Uma mulher, de 40 anos, suspeita de autorizar o marido a abusar sexualmente da própria filha por cerca de dez anos, foi presa nesta quarta-feira (17), no Amazonas. A vítima, que atualmente tem 17 anos, teria sido abusada desde os 7. O pai da adolescente foi preso no último dia 6 de dezembro.
De acordo com o portal Metrópoles, as investigações começaram em novembro, após uma tia da vítima procurar a delegacia e denunciar os crimes. Segundo a delegada Kássia Evangelista, responsável pelo caso, ao tomarem conhecimento da denúncia, os suspeitos fugiram para o município de Maraã, onde se esconderam em uma área de difícil acesso na zona rural.
Ao saber da denúncia, o casal fugiu para a casa de familiares do homem. Foi nesse local que o suspeito acabou capturado” contou Kássia Evangelista. Após a prisão do pai, a adolescente gravou um vídeo relatando que a própria mãe autorizava os abusos cometidos pelo marido, desde que ele ‘não arranjasse outra mulher’. “Quando tivemos acesso ao vídeo, identificamos o quanto havia de participação direta da genitora, que agiu em coautoria com o marido. Ela também é suspeita de praticar o crime de tortura pela omissão imprópria, uma vez que faltou com o dever de proteção e cuidado, no episódio em que o autor espancou e raspou o cabelo da vítima” explicou a delegada.
Prisão preventiva Com base nas informações levantadas, a polícia solicitou a prisão preventiva da mãe, que foi autorizada pela Justiça. Segundo o delegado Rodrigo Beraldo, a mulher estava escondida em outra residência de familiares do companheiro. “Após ele ser preso, ela saiu da zona rural e abrigou-se na residência de outros familiares do genitor, tendo compartilhado informalmente para os familiares que onde o marido estivesse, ela também estaria” informou o delegado. A Polícia Civil apura ainda se a mulher tinha conhecimento ou participação no crime de exploração sexual, uma vez que, em determinado período, o pai teria levado a adolescente para dormir com outros homens. A adolescente foi encaminhada ao Serviço de Acolhimento Institucional para Crianças e Adolescentes (SAICA) e encontra-se com familiares maternos. A mulher responderá pelos crimes de estupro de vulnerável e omissão no crime de tortura.
Redação/Banda B
Foto Reprodução: Divulgação/ Polícia Civil do Amazonas (PCAM)





