Os preços do açúcar ampliaram as baixas da sessão anterior nesta terça-feira (16), mantendo-se pressionados principalmente pela forte queda do petróleo no mercado internacional. De acordo com informações do Barchart, o petróleo WTI atingiu a mínima em 4,75 anos, movimento que afeta diretamente o mercado de etanol e acaba refletindo negativamente sobre as cotações do açúcar.
A forte desvalorização do petróleo bruto e da gasolina está associada às preocupações com a demanda global de energia e às expectativas de um excesso de oferta mundial. Esse cenário reduz a atratividade do etanol, levando usinas ao redor do mundo a direcionarem maior volume de cana-de-açúcar para a produção de açúcar, o que amplia a oferta global do adoçante.
O ambiente externo também contribuiu para a pressão sobre o mercado. A queda do índice S&P 500 para a mínima em 2,5 semanas diminuiu o otimismo em relação às perspectivas econômicas globais, fator negativo para a demanda por energia. Além disso, a possibilidade de um cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia reduziu os riscos geopolíticos, reforçando o movimento de baixa no mercado energético.
Na Bolsa de Nova Iorque, os contratos futuros do açúcar fecharam em queda. O março/26 recuou 0,13 cent (-0,87%) e encerrou o dia a 14,82 cents/lbp. O maio/26 perdeu 0,14 cent (-0,96%), sendo negociado a 14,44 cents/lbp. O julho/26 caiu 0,12 cent (-0,82%) e terminou o pregão a 14,46 cents/lbp, enquanto o outubro/26 cedeu 0,10 cent (-0,67%), fechando a 14,80 cents/lbp.
Em Londres, o movimento também foi negativo. O março/26 caiu US$ 3,40 (-0,80%) e fechou a US$ 423,00 por tonelada. O maio/26 desvalorizou US$ 3,00 (-0,71%), cotado a US$ 420,50 por tonelada. O agosto/26 recuou US$ 2,60 (-0,62%), negociado a US$ 417,20 por tonelada, enquanto o outubro/26 perdeu US$ 1,90 (-0,45%) e encerrou a US$ 417,40 por tonelada.
Além do petróleo, as cotações do açúcar seguem pressionadas pelo aumento da produção na Índia. No entanto, segundo a Reuters, apesar de a maior produção ser um fator baixista, há dúvidas sobre a viabilidade de exportação de um eventual excedente indiano, uma vez que os preços internacionais estão abaixo dos valores praticados no mercado interno do país. Esse ponto pode limitar, ao menos em parte, um impacto ainda mais negativo sobre os preços globais do adoçante.
Da redação/ Com Notícias Agrícolas





