Maria Katiane Gomes da Silva, de 25 anos, morreu após cair do 10º andar do prédio onde morava, no Morumbi, zona sul de São Paulo. O caso ganhou novos desdobramentos nesta terça-feira, 9, quando o companheiro da vítima, um homem de 40 anos, foi preso por suspeita de feminicídio. As informações são do Estado de S.Paulo.
Antes da queda, a jovem foi violentamente agredida pelo companheiro. Alex Leandro foi preso na terça-feira (9/12) e é investigado por feminicídio consumado, sob suspeita de ter jogado a vítima pela janela do apartamento. O crime, gravado por câmeras de segurança, ocorreu na madrugada de 29 de novembro.
Natural de Crateús, no interior do Ceará, Maria Katiane havia se mudado para São Paulo em busca de oportunidades. Ela era mãe de uma menina que vive em Crateús e estuda na Escola Sônia Burgos. Em nota nas redes sociais, a instituição lamentou a morte e manifestou solidariedade à família. Nas redes sociais, a jovem costumava compartilhar fotos de viagens, além de vídeos bem-humorados relacionados a cuidados com o cabelo, maquiagem e rotina de exercícios.
A família de Maria Katiane também se pronunciou. Sua tia publicou uma homenagem pedindo Justiça e denunciando o comportamento do suspeito. “Ela não pode mais falar pois sua voz foi calada por um cara que a dizia amar, onde tudo não passava de um sentimento de posse, um sentimento doentio”, escreveu. Em outro trecho, desabafou: “Hoje, como tia, eu estou com meu coração apertado, com um sentimento de indignação, assim como sua mãe e toda nossa família, pedimos justiça por Katiane Gomes”.
O crime ocorre em um momento em que São Paulo registra índices alarmantes de feminicídio. Apenas nos dez primeiros meses de 2025, a capital já superou o maior número anual de casos desde o início da série histórica, em 2015, segundo dados oficiais — um quadro que especialistas associam a fatores como desigualdade de gênero, violência doméstica, maior letalidade em conflitos familiares e falhas na proteção das vítimas.
O caso segue sob investigação. Diligências continuam sendo realizadas para esclarecer as circunstâncias da morte e apurar responsabilidades.
Redação/Brasil 247
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