Fósseis de uma preguiça gigante foram encontrados no interior do Rio Grande do Norte e confirmam a diversidade da megafauna que ocupava o território brasileiro há milhares de anos. A descoberta foi divulgada pela Universidade Federal do Estado.

Os fósseis do mamífero gigante foram descobertos, em primeiro lugar, por um morador na zona rural de Parelhas. O município tem pouco mais de 20 mil habitantes e faz parte do Seridó, o Parque Mundial da Unesco, que é uma área de 2.800 km², reconhecida como patrimônio geológico internacional por abrigar processos erosivos antigos.
Em seguida, o achado foi confirmado por pesquisadores das Universidades Federal do Rio Grande do Norte e da Estadual Paulista. Os fósseis são fragmentos de um fêmur, da costela e da falange, e foram identificados como sendo de uma preguiça gigante que viveu no território do Brasil entre 2,5 milhões e 11 mil anos atrás. Esse animal podia atingir 6 metros de comprimento e pesar 5 toneladas.
Agora, os fósseis serão tombados e passarão a integrar o acervo do Geopark, onde ficarão expostos. A descoberta no território Potiguar ajuda a entender a extensão da área onde esses mamíferos gigantes viviam.
Pesquisadores do Instituto de Biociências da USP também encontraram recentemente, no Vale do Ribeira, interior Paulista, fósseis da mesma espécie de preguiça gigante. São conhecidas pelo menos outras duas espécies. Todas elas não viviam em árvores nem em florestas densas, como as preguiças que conhecemos hoje, já que esses animais pré-históricos eram grandes demais, afirmam os pesquisadores da USP.
Da redação/ Com Agência Brasil





