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Vereadores de Léa reprovam emenda de R$ 3 milhões de Célio Alves para construção de hospital em Guarabira

Contando com o voto de desempate do presidente da Câmara Municipal Júnior Ferreira (União Brasil), os vereadores da bancada de apoio à prefeita Léa Toscano (União Brasil) reprovaram por 8 votos a 7 emenda do vereador Célio Alves para a construção do Hospital Pediátrico e Maternidade de Guarabira. A votação ocorreu na quinta, 4, durante a apreciação do Projeto de Lei Orçamentária para 2026.

Em plenário, o vereador do PSB defendeu a necessidade da construção do equipamento de saúde, argumentando que cidades menores do que Guarabira têm hospital municipal, citando Arara, Mari, Alagoa Grande, Bananeiras, Cacimba de Dentro, Boqueirão, Araçagi, Jacaraú, Cuité, Natuba, Areia, Sapé, Lagoa Seca, Santa Cruz, Esperança, Alhandra, Brejo do Cruz, Cacimba de Areia, Água Branca, Juazeirinho, Soledade, São José de Piranhas, Araruna, Pedra Lavrada e Alagoa Nova.

Célio Alves, através da emenda, propôs remanejar R$ 3 milhões previstos para a realização de festas a fim de garantir a construção do hospital municipal. No Projeto de Lei da prefeita, que terminou aprovado, Guarabira vai gastar R$ 14,2 milhões com festas em 2026. O valor é 14,63% maior do que o em execução em 2025.

“Enquanto isso, a saúde aumentou apenas 2,17%. O reajuste de verbas para festa superou até mesmo o crescimento global do orçamento, que foi de pouco mais de 7%. Isso escancara o que é prioridade para a prefeita: festa, e não, saúde. E outras áreas tiveram redução no orçamento do ano que vem, como obras, agricultura, mobilidade urbana, geração de emprego e políticas públicas para mulheres e diversidade humana”, protestou.

O vereador lembrou que, nas duas últimas décadas, Guarabira perdeu dois hospitais, sem que nenhum novo serviço tivesse sido criado pela prefeitura para preencher o vazio assistencial deixado por eles. “A Casa de Saúde e Maternidade Senhora da Luz e o Pronto Socorro de Fraturas atendiam de graça crianças, gestantes e pacientes com fraturas de osso. Nada houve da prefeitura para substituir os serviços desses hospitais, deixando o povo sofrer”, explicou.

Segundo Célio Alves, toda a demanda hospitalar ficou a cargo do Hospital Regional de Guarabira, sobrecarregando aquela instituição, que, com as obras de reforma e ampliação, caminha cada vez mais para o atendimento de alta complexidade. Para ele, é absolutamente necessário existir um hospital e maternidade do Município, que atue como retaguarda do Hospital Regional de Guarabira e ofereça atendimentos de pediatria e de obstetrícia.

“O financiamento do Hospital e Maternidade Municipal de Guarabira será garantido pelo SUS, uma vez que o Município é gestor pleno e pode credenciar os serviços para o recebimento de recursos financeiros com vista à sua manutenção. Para além disso, Guarabira poderá fornecer os serviços aos municípios da região, que têm demanda permanente.

O vereador disse, ainda, que está pronto para ajudar na articulação com a classe política e os governos estadual e federal com a finalidade de conseguir mais recursos que assegurem a construção do hospital. “Do deputado federal Gervásio Maia, eu posso garantir uma emenda impositiva de, no mínimo, R$ 1 milhão”, afirmou.

Redação/Assessoria 
Foto Reprodução 

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