A Polícia Civil apura as circunstâncias da morte do menino Benício Xavier, de 6 anos, no Hospital Santa Júlia, em Manaus. Ele foi internado em 22 de novembro com suspeita de laringite e recebeu três doses de adrenalina por via intravenosa, procedimento não indicado para o caso. Depoimentos apontam que a técnica de enfermagem Raiza Bentes Paiva foi alertada por uma colega para não aplicar a medicação dessa forma, mas seguiu a prescrição, o que precedeu as paradas cardíacas que levaram à morte da criança.
A médica Juliana Brasil Santos, responsável pela prescrição, afirma que houve falha no sistema automatizado do hospital. A investigação avalia se ela deixou de corrigir a administração inadequada da medicação. Raiza Bentes foi afastada pelo Conselho Regional de Enfermagem do Amazonas e será ouvida em acareação. A polícia também investiga possível tentativa de adulteração de provas.
O caso é tratado como homicídio doloso qualificado. O delegado Marcelo Martins solicitou a prisão preventiva da médica, que segue em liberdade por decisão judicial. O hospital afastou as duas profissionais, e o Conselho Regional de Medicina abriu procedimento ético sigiloso. A família de Benício acompanha a investigação.
Redação/DCM
Foto Reprodução: Rede Amazônica





