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Presos PMs suspeitos de crimes na megaoperação que deixou 122 mortos

Corregedoria da Polícia Militar prendeu, na manhã desta sexta-feira, cinco policiais do Batalhão de Choque suspeitos de envolvimento em crimes durante a megaoperação realizada nos complexos da Penha e do Alemão, no último dia 28 de outubro. A ação, considerada a mais letal já registrada no Rio de Janeiro, terminou com 122 mortos, entre eles cinco agentes de segurança. As prisões acontecem exatamente um mês após a ofensiva, marcada por forte repercussão e críticas de organizações de direitos humanos.

Além das prisões, equipes da Corregedoria cumprem dez mandados de busca e apreensão. Os cinco policiais detidos são investigados pela 1ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM), responsável pela apuração de possíveis crimes militares cometidos durante a operação.

Uma das suspeitas levantadas pela Corregedoria, com base na análise das imagens das câmeras operacionais portáteis, é o furto de um fuzil durante a ação — arma que, segundo as investigações, teria sido desviada para posterior revenda a criminosos. As imagens serviram como elemento central para a identificação de indícios de condutas ilícitas praticadas pelos agentes enquanto estavam em serviço.

Desvios de conduta

Em nota, a Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar afirmou que a operação desta sexta-feira decorre justamente dessas análises e reforçou que a corporação “não compactua com possíveis desvios de conduta ou cometimento de crimes praticados por seus entes, punindo com rigor os envolvidos quando constatados os fatos”.

A megaoperação de 28 de outubro mobilizou efetivos das polícias Civil e Militar e foi alvo de críticas de moradores e entidades de direitos humanos devido ao número recorde de mortos. Agora, as apurações internas buscam esclarecer eventuais excessos, desvios e crimes cometidos por policiais que participaram da ofensiva.

Redação/Forum
Foto Reprodução:  Eduardo Anizelli/Folhapress

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