A oposição à prefeita Lucinha da Saúde enfrentou um verdadeiro revés político nesta semana. A manifestação intitulada “Mari Pede Socorro”, que estava programada para acontecer nesta quarta-feira (12), foi cancelada após uma sequência de denúncias que abalaram as principais lideranças ligadas ao grupo político do ex-prefeito Antonio Gomes (AG).
Segundo apuração do ExpressoPB.net, o início de semana foi marcado por uma série de escândalos que expuseram problemas herdados de gestões anteriores, reacendendo o debate sobre o legado deixado nos últimos oito anos. Três frentes de investigação [previdenciária, educacional e funcional] teriam colocado o grupo oposicionista em alerta e levado à decisão de suspender o ato público.
A denúncia mais grave envolve um rombo previdenciário estimado em R$ 63 milhões no MariPrev, sistema de previdência municipal. A maior parte dessa dívida teria se acumulado durante os nove anos de gestão de Antonio Gomes, de um total de 13 anos de funcionamento do fundo.
Além disso, a oposição foi surpreendida por novas investigações do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB) e da Controladoria-Geral da União (CGU) sobre possíveis fraudes em registros de alunos da rede municipal para justificar repasses de verbas federais em 2022, ainda na gestão passada.
Outra denúncia que ganhou força nas redes e na imprensa envolve a ex-secretária de Educação de Mari e filha do ex-prefeito, Rosemagna Cunha, que estaria recebendo salário da Prefeitura de Capim (PB), onde figura como analista administrativa, mesmo residindo em São Paulo e cursando Medicina desde o início do ano.
Com o acúmulo de polêmicas, o ambiente político em Mari mudou rapidamente. O que seria um grande ato de protesto contra o governo Lucinha da Saúde acabou se transformando em silêncio e recuo da oposição, que, até então, vinha intensificando as críticas e articulando movimentos de pressão.
O cancelamento da manifestação reflete o enfraquecimento momentâneo da oposição, em meio a denúncias que prometem continuar repercutindo nos próximos dias e podem mudar o rumo do debate político na cidade.
Redação/ExpressoPB
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