O clima político em Sapé, na Zona da Mata da Paraíba, é de desalento. O prefeito Major Sidnei parece ter sucumbido aos vícios da velha política e transformado sua gestão em um verdadeiro “bolsa aliados”, onde o foco principal é agradar grupos políticos em vez de entregar resultados concretos à população.
A administração, que já se aproxima do final de seu quinto ano, amarga uma ausência quase total de obras estruturantes. O contraste com o governo anterior é gritante: nenhuma nova Unidade Básica de Saúde (UBS) foi construída sob a gestão de Sidnei, enquanto a gestão anterior entregou cerca de oito novas unidades.
Na área da educação, o cenário é ainda mais preocupante. Nenhuma creche nova foi erguida nos últimos cinco anos, um retrocesso marcante, considerando que o governo passado construiu pelo menos duas novas unidades e ampliou vagas para a educação infantil.
Enquanto isso, a oposição permanece silenciosa e desorganizada, incapaz de fazer o contraponto necessário. A ausência de vozes críticas fortalece a sensação de que Sapé está sem rumo e sem liderança política real, com uma população cada vez mais descrente e abandonada.
Internamente, aliados do próprio prefeito reconhecem que a estratégia é manter a base política sob controle, distribuindo cargos e benefícios, mesmo diante do vazio administrativo. Já nas ruas, o sentimento é outro: indignação e cansaço com uma gestão que prometeu mudança, mas se perdeu nas articulações de poder.
A crise política em Sapé escancara um cenário perigoso: um prefeito sem entregas, uma oposição inerte e um povo à deriva. O Major Sidnei, que um dia representou renovação, hoje parece blindado pela própria falta de concorrência, sem enxergar adversário capaz de desafiá-lo e sem perceber que o maior inimigo da sua gestão pode ser a insatisfação crescente dos próprios sapeenses.
Redação/ExpressoPB
Foto Reprodução





