Nabor Wanderley tenta crescer, mas ainda não empolga a Paraíba
A pré-candidatura ao Senado do prefeito de Patos, Nabor Wanderley (Republicanos), segue enfrentando dificuldades para se firmar como um dos dois nomes competitivos que representarão a Paraíba em 2026. Apesar dos movimentos de bastidores e da divulgação constante de novos apoios políticos, Nabor ainda não conseguiu empolgar o eleitorado nem consolidar sua presença no debate estadual.
Neste sábado (1º), durante um almoço político no Restaurante Picuí, em Bananeiras, o gestor sertanejo reuniu 13 prefeitos do Brejo paraibano, em mais um gesto de articulação que busca mostrar força regional e capilaridade. Entre os presentes estavam Matheus Bezerra (Bananeiras), Amarildo (Arara), Soraya (Pilões), Xató (Tacima), Cláudio Régis (Remígio), Availdo (Araruna), Guilherme (Cuitegi), Danilo (Pirpirituba), Dra. Sílvia (Areia), Jucian (Solânea), Van de Galega (Casserengue), Romero (Montadas) e Luiz Machado (Serra da Raiz), um grupo expressivo em uma das regiões politicamente mais estratégicas do estado.
Mas o movimento, embora significativo, não tem se traduzido em empolgação popular. Nas redes e nas rodas políticas, a percepção é de que Nabor não conseguiu “furar a bolha” do interior, permanecendo como um nome regional, limitado ao Sertão e agora tentando adentrar ao Brejo, mas distante de uma projeção estadual consistente.
O peso de Hugo Mota e a sombra da rejeição
Um fator que joga a favor, e ao mesmo tempo contra, o projeto de Nabor é o peso político de seu filho, Hugo Mota, atual presidente da Câmara dos Deputados. O deputado tem nas mãos um dos maiores orçamentos de Brasília e forte influência sobre prefeituras, o que pode ser um trunfo financeiro e logístico para impulsionar a campanha do pai.
Por outro lado, Hugo enfrenta alta rejeição nacional e local, em meio a denúncias e escândalos que desgastam sua imagem. Esse cenário faz com que a associação entre pai e filho seja, ao mesmo tempo, uma força e um fardo para o grupo político de Patos.
Desafio: estadualizar o nome e alcançar o “povão”
Para além dos apoios institucionais, o grande desafio de Nabor é estadualizar seu nome e alcançar o eleitor comum da Paraíba, que ainda pouco o conhece ou o associa apenas à política tradicional do Sertão.
Enquanto nomes como Veneziano Vital do Rêgo e João Azevêdo desfrutam de reconhecimento e inserção em todas as regiões, Nabor ainda busca identidade fora de seu reduto. Se não conseguir romper essa barreira até 2026, corre o risco de ficar refém dos prefeitos e das máquinas municipais, sem converter apoios em votos reais.
Em um cenário de disputas polarizadas e eleitores cada vez mais exigentes, o marketing político pode até vender crescimento, mas o que definirá o sucesso de Nabor será a capacidade de se tornar conhecido e confiável pelo eleitor do sertão a capital.
Redação/ExpressoPB
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