A recente entrevista concedida pelo ex-prefeito de Cajazeiras, Zé Aldemir, a uma rádio local, incendiou os bastidores da política sertaneja. Depois de recuar da disputa por uma vaga na Câmara Federal e decidir concorrer novamente à Assembleia Legislativa da Paraíba, no lugar da esposa, deputada Paula Francinete, Zé afirmou que “alguns prefeitos” que hoje apoiam outros parlamentares “certamente haverão de voltar” à sua base.
A declaração, feita em tom de confiança, veio sem nomes — e é justamente aí que nasce o mistério. “Eu digo a você com absoluta segurança que alguns prefeitos desses certamente haverão de voltar de procurar a caminhar com a gente, sem dúvida nenhuma. Só não posso dizer quem são”, afirmou o ex-prefeito, justificando que está “atendendo a pedidos para não citar nomes”.
A fala abriu margem para especulações sobre quais gestores estariam dispostos a romper compromissos já firmados com outros deputados para “voltar pra casa”. Entre os nomes mais comentados estão prefeitos que já integraram o grupo político de Zé e Paula, mas que hoje caminham com adversários.
Em Cajazeiras, a prefeita Corrinha Delfino é aliada do deputado Júnior Araújo — deixaria o correligionário local para reatar com Aldemir? Em Bom Jesus, a prefeita Denise Bayma segue com Chico Mendes, assim como Alysson Francisco, de Cachoeira dos Índios, e Neto de Corací, de São José da Lagoa Tapada. Já Leninha Romão, de Uiraúna, e Rinaldo Cipriano, de Joca Claudino, hoje apoiam Wilson Filho.
O questionamento é direto: quem vai trair quem?
Zé Aldemir reacende o fogo da disputa ao insinuar que parte dos prefeitos pode “dar ré” e abandonar os atuais aliados, em um movimento que promete embaralhar o jogo político no Alto Sertão.
Mais do que uma declaração, o recado de Zé força prefeitos e deputados a se posicionarem. Resta saber se o retorno prometido é real — ou apenas uma jogada estratégica para reabrir portas que o tempo político parecia ter fechado.
Redação/Por: Carlos de Castro
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