Atraso pode gerar multas, bloqueios e até apreensão do automóvel, comprometendo a renda de quem depende dele para trabalhar
Para motoristas autônomos, cada quilômetro rodado significa mais do que deslocamento, é sinônimo de sustento. Entregadores, taxistas, motoristas de aplicativo e caminhoneiros possuem gastos fixos com combustível, manutenção e documentação. Entre esses custos, o IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) se destaca como um dos compromissos anuais indispensáveis para manter o veículo regularizado e em circulação.
O pagamento do IPVA é obrigatório para todos os proprietários de veículos automotores. Além de representar uma fonte importante de arrecadação para os estados, o imposto é condição para a emissão do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo). Sem ele, o automóvel não pode circular legalmente, o que pode causar sérios prejuízos para quem depende do transporte como principal fonte de renda.
Em caso de inadimplência, o motorista não apenas acumula juros e multas, mas também corre o risco de ter o veículo bloqueado no sistema de trânsito, impossibilitando o licenciamento e abrindo espaço para penalidades mais severas.
Consequências de não pagar o IPVA em dia
Deixar o IPVA 2025 atrasar significa, na prática, comprometer o direito de uso do veículo. A ausência de pagamento impede a emissão do licenciamento anual, documento obrigatório que comprova a regularidade do automóvel.
Sem o CRLV, o motorista autônomo pode ser multado em R$ 293,47, receber sete pontos na carteira e ter o veículo apreendido, conforme previsto no Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Além da perda imediata da ferramenta de trabalho, o custo para regularizar a situação fica mais alto, pois inclui guincho, diárias de pátio e juros acumulados sobre o débito.
Em muitos estados, o atraso no IPVA também resulta em inscrição do débito na dívida ativa, o que leva à cobrança judicial e bloqueio de contas ou de bens em nome do contribuinte. Para quem vive do transporte, isso representa não apenas um problema burocrático, mas uma ameaça direta à estabilidade financeira.
Como manter o imposto sob controle?
Organização e planejamento são as melhores estratégias para evitar surpresas. Os Departamentos Estaduais de Trânsito (Detrans) e as Secretarias da Fazenda permitem consultar e emitir o boleto do IPVA pela internet, de forma simples e gratuita.
Uma das recomendações para motoristas autônomos é optar pelo parcelamento. A maioria dos estados oferece a possibilidade de dividir o imposto em até três cotas, e alguns permitem pagamento via cartão de crédito, o que pode facilitar a administração das despesas.
Outra alternativa é antecipar o pagamento à vista, aproveitando o desconto de até 10%, disponível em vários estados. Para quem depende do carro ou da moto para trabalhar, manter o IPVA quitado é uma forma de preservar o instrumento de trabalho e evitar interrupções nas atividades.
Além disso, é importante ficar atento às datas e notificações. Em alguns casos, o motorista que vende o veículo e não comunica a transferência corre o risco de continuar sendo cobrado pelo IPVA, mesmo após a venda. A atenção à regularização dos documentos é, portanto, essencial para evitar transtornos futuros.
Trabalho sem interrupção e tranquilidade na estrada
Cumprir com o pagamento do imposto garante não só a legalidade da circulação, mas também a tranquilidade para continuar rodando sem riscos de multas ou apreensões. É uma forma de investir na própria estabilidade, assegurando que o veículo, principal aliado no trabalho, permaneça ativo e em conformidade com as exigências legais.
Em um cotidiano onde cada entrega, corrida ou viagem conta, evitar o atraso no IPVA é, antes de tudo, um gesto de responsabilidade e de cuidado com o próprio sustento. Para o motorista autônomo, se manter regularizado é o primeiro passo para seguir em frente, com o volante nas mãos e o trabalho garantido.
Redação/ExpressoPB
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