Mesmo após anos de prestígio e cargos estratégicos garantidos pelo governador João Azevêdo, o suplente de deputado federal Ricardo Barbosa agora dispara contra o PSB e admite mudança de partido, alegando “dificuldade de formação de chapa”.
O suplente de deputado federal Ricardo Barbosa (PSB) voltou a movimentar os bastidores da política paraibana ao declarar que estuda deixar o partido que o acolheu e o projetou nos últimos anos, sob a liderança direta do governador João Azevêdo.
Em entrevista à Rádio CBN, Barbosa revelou que está propenso a mudar de legenda, apesar de todo o apoio e espaço que recebeu dentro da estrutura governista.
“Há razões fortes para que eu deixe o PSB, mas ainda existe possibilidade de permanecer. Hoje há ruídos que o PSB vai ter dificuldade de formar chapa. O partido tem que cuidar de suas bases”, afirmou o suplente.
O tom das declarações foi interpretado como um ataque direto à condução política de João Azevêdo e à atual direção do PSB na Paraíba. Barbosa chegou a alertar:
“O PSB tem um deputado federal e está correndo o risco de não ter nenhum.”
Distanciamento do grupo que o beneficiou
A postura crítica de Ricardo Barbosa chama atenção porque ele sempre foi um dos nomes mais contemplados pelo governo estadual. Nos últimos anos, foi beneficiado com cargos estratégicos, indicações e influência dentro da máquina pública, mantendo-se como um aliado próximo do governador.
Agora, ao se colocar publicamente contra o partido e flertar com a saída, Barbosa dá sinais de ingratidão política e contribui para o desgaste da base socialista, já enfraquecida por disputas internas e pela dificuldade de atrair novas lideranças.
Convites e aproximações
O suplente revelou ainda que já recebeu convites de outras legendas, entre elas o Republicanos, Progressistas e partidos da oposição ao governo. A simples menção a essas siglas reforçou a leitura de que Barbosa está testando seu valor político fora da base de João Azevêdo.
Crise de base e efeito dominó
O descontentamento de Barbosa não é isolado. Nos bastidores, outros nomes do PSB também cogitam sair do partido, alegando falta de articulação e ausência de estratégia para as eleições de 2026.
O cenário, segundo analistas, lembra a crise enfrentada pelo MDB à época em que era comandado pelo ex-senador José Maranhão, quando diversas lideranças abandonaram a sigla em busca de sobrevida política.
Enquanto isso, o Palácio da Redenção observa com cautela o movimento de Ricardo Barbosa, visto internamente como uma tentativa de pressionar por mais espaço e visibilidade. Mas há quem enxergue o gesto como o início de um rompimento inevitável entre o suplente e o governador.
A pergunta que fica:
Será que Ricardo Barbosa está apenas blefando para se manter em evidência — ou realmente decidiu virar as costas para quem lhe abriu as portas do poder?
Da redação/ Com Blog do Batista Silva Sem Censura





