A política é um terreno minado. Um passo em falso pode comprometer toda uma trajetória construída ao longo dos anos. É exatamente esse o cenário em que o ex-prefeito de Marí, Antônio Gomes (AG), parece ter se colocado. A pergunta que ecoa nos bastidores e nas rodas de conversa e entre analistas políticos é: quem está por trás da estratégia de implodir sua própria história, seu passado e seu futuro político?
Ao indicar Lucinha para sucedê-lo, AG fez uma escolha que, naturalmente, não o obrigava a romper com sua biografia política. Porém, romper a parceria não quer dizer que ele adote um discurso autodestrutivo que coloque em xeque o respeito que conquistou ao longo de décadas.
De acordo com a repercussão da imprensa, quase 100% dos veículos que noticiaram a live em que AG falou sobre suposta compra de votos foram unânimes em criticar sua postura. O gesto foi visto como um ato autoincriminatório e, pior ainda, como um movimento que expõe fragilidade e desorientação política.
De moderado a descompensado: a queda de uma imagem
Durante anos, Antônio Gomes foi reconhecido na região pelo comportamento moderado e ponderado. Era visto como um político que equilibrava firmeza e serenidade. Hoje, no entanto, vê-se carimbado com rótulos devastadores: de “coronel” a “descompensado”, chegando ao ponto de um jornalista da região afirmar neste sábado (27) durante programa em uma rádio de grande alcance regional (Cultura de Guarabira) sugerir que ele deveria ser preso por confessar um crime publicamente.
Essa guinada não aconteceu por acaso. É fruto, claramente, de uma má assessoria política e de comunicação. Nenhum líder experiente expõe sua reputação de forma tão arriscada sem estar mal orientado.
A importância da boa assessoria política
Na política, como no xadrez, cada jogada precisa ser calculada. Um deslize pode custar caro e, neste caso, pode custar até a própria sobrevivência política. Um político mal assessorado transforma erros pontuais em crises irreversíveis.
Antônio Gomes parece está agindo pela emoção, mas a razão deveria ser de sua assessoria. Ele ainda pode reverter parte do dano, mas se continuar nessa ‘toada’, não apenas sua biografia, mas também sua relevância política estarão em risco.
A trajetória de um político é como um patrimônio. Constrói-se com trabalho, paciência e credibilidade. No entanto, em um instante de descuido, ou por más orientações, todo esse capital pode ser jogado na lata do lixo.
Antônio Gomes precisa refletir se quer ser lembrado como o líder ponderado que marcou a história de Marí ou como o ex-prefeito que, mal assessorado, cavou o próprio fim político.
Redação/ExpressoPB
Foto Reprodução





