A política de Mari mais uma vez revela suas contradições mais gritantes. O ex-vereador Paulo Castor, mais conhecido como “Paulo Pipoco”, que até pouco tempo atrás acusava o ex-prefeito Antônio Gomes de ter usado a máquina pública para eleger sua sucessora, agora surge em sintonia com o mesmo ex-prefeito. O alinhamento soa menos como uma convergência ideológica e mais como um teatro político, montado para gerar instabilidade e enfraquecer a atual gestão da prefeita Lucinha da Saúde.
No áudio divulgado em grupos de WhatsApp, Paulo desabafa: “Parabéns, Prefeita Lucinha. Hoje eu quero lhe parabenizar. Você está sentada nessa cadeira de prefeita pelos atos de coação e vandalismo praticados pelos seus aliados… Mari viveu um verdadeiro epicentro da covardia eleitoral”. Ora, o detalhe incômodo, e convenientemente esquecido por Paulo, é que esses mesmos “aliados” eram, à época, apadrinhados, coordenados e defendidos justamente por Antônio Gomes, o padrinho político de Lucinha e maior interessado no resultado da eleição.
É impossível ignorar a incoerência. Como pode alguém que moveu uma ação judicial contra a chapa vencedora, alegando abuso de poder econômico e político, supostamente, conduzido por Antônio Gomes, agora posar como aliado do mesmo ex-prefeito? Se os atos denunciados por Paulo de fato ocorreram, eles recaem não apenas sobre os acusados atuais, mas também, e principalmente, sobre Antônio Gomes, que foi o grande fiador daquela candidatura.
Essa guinada expõe Paulo não como defensor da verdade, mas como refém de suas próprias conveniências. Não é a primeira vez: durante seu mandato como vereador, nunca foi reconhecido por uma atuação firme em defesa da população. Seu discurso mudava de acordo com as conveniências políticas do momento. Hoje, não defende uma vítima, e sim reabilita a figura que ele mesmo acusou de orquestrar práticas ilícitas.
Vale lembrar ainda que o ex-vereador Paulo Pipoco esteve recentemente ao lado de Antônio Gomes durante uma entrevista concedida na última quarta-feira (10), ocasião em que o ex-prefeito aproveitou para disparar duras críticas contra sua sucessora, reforçando o alinhamento político entre ambos e escancarando a incoerência de quem antes acusava e agora se apresenta como aliado.
Em resumo, Paulo não fala por coerência, mas por interesse. E sua nova narrativa não é sobre justiça ou democracia, é apenas sobre sobrevivência política, mesmo que isso signifique rasgar o que ele próprio defendeu no passado.
Redação/ExpressoPB
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