A tensão entre a Prefeitura de Belém, no interior da Paraíba, e a Câmara Municipal chegou a um novo patamar nesta semana, com direito a troca de farpas públicas, sessão encerrada de forma abrupta e ameaça de judicialização.
A prefeita Aline Barbosa enviou ao Legislativo um projeto de lei que, segundo a gestão, visa regulamentar as contribuições previdenciárias do município. No entanto, o texto causou polêmica ao incluir, como efeito colateral, a possibilidade de demissão de servidores. A medida gerou forte reação do presidente da Câmara, vereador Everton Gama (PP), que classificou o projeto como “inaceitável” e decidiu encerrar a sessão da última terça-feira (29) sem permitir a votação.
A atitude provocou confusão entre os parlamentares e acentuou ainda mais o desgaste entre os Poderes. Durante a sessão, Everton Gama foi categórico: ou o Executivo ajusta o conteúdo do projeto ou a Prefeitura deverá buscar os meios judiciais para implementar a proposta.
Em nota oficial, a Prefeitura de Belém reagiu à fala do presidente da Câmara. A gestão municipal reafirmou que o projeto é legal, necessário e visa garantir o equilíbrio das contas públicas, responsabilizando o vereador pela paralisação da tramitação.
Nos bastidores, aliados da prefeita acusam o presidente da Câmara de boicotar medidas importantes para o funcionamento da máquina pública, enquanto apoiadores de Gama veem o projeto como uma tentativa de impor perdas irreversíveis ao funcionalismo.
A crise institucional expõe uma disputa de forças que pode impactar diretamente a gestão administrativa de Belém nos próximos meses. Enquanto o impasse não é resolvido, servidores, população e classe política acompanham com apreensão os próximos capítulos dessa queda de braço.
Redação/ExpressoPB
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