O jovem brasiliense Renato de Sá, de 30 anos ficou entre a vida e a morte em janeiro deste ano.
Em plena viagem de férias, voltando ao Brasil após uma temporada no exterior, Renato foi diagnosticado com uma doença rara: a Síndrome de Fournier, infecção bacteriana que acomete a região genital e causa a morte (gangrena) dos tecidos da área.
“Foi horrível. A dor foi só aumentando. Não conseguia mais sentar direito, só ficar deitado. Eu estava em Goiânia e fui em uma UPA de lá. E eles só passaram remédio para dor na veia. Aí eu voltei para Brasília, e fui direito para o Hospital de Base. Lá eu já cheguei chorando de dor, de cadeira de rodas”, conta Renato.
Menos de uma semana depois do primeiro sintoma, no dia 27, a infecção já havia se alastrado – e as dores tinham se tornado insuportáveis.
No momento da primeira cirurgia, Renato já estava em estado de sepse, e por isso corria risco de morrer. “A primeira cirurgia, que eu só tinha 5% de chance, foi só para salvar a minha vida”.
“A segunda cirurgia foi quando eles tiraram toda a pele necrosada pela bactéria e colocaram uma bolsinha de colostomia em mim. A partir daí, eu fiquei quatro dias na morfina para aguentar a dor, sem conseguir andar, ir ao banheiro, tomar banho. As enfermeiras me davam banho na maca e eu urinava pela sonda. Foram os 18 dias no hospital”, lembra.
De acordo com Renato, foi possível combater a bactéria que tinha causado a infecção.
“Eu consegui voltar a andar aos poucos, fui para casa. Depois de alguns meses, a pele retirada se regenerou, e hoje eu estou bem, estou saudável, recuperado. Agora estou esperando conseguir fazer a reconstrução”.
Redação/Folha Metropolitana
Foto Reprodução: Arquivo Pessoal via G1





