Em menos de dois meses, a rodovia PB-073 — que liga os municípios de Sapé, Mari e Guarabira, no coração da Zona da Mata e do Brejo paraibano — se transformou em um corredor de dor e medo. Ao menos dez acidentes foram registrados em quatro dias, desenhando um cenário alarmante de insegurança que parece crescer a cada dia.
O caso mais recente ocorreu nesta terça-feira (24), quando um jovem perdeu o controle da moto e caiu violentamente às margens da pista, no trecho entre Mari e Sapé. O impacto mobilizou uma equipe do Samu, que prestou os primeiros socorros. Até o momento, o nome da vítima e seu estado de saúde não foram oficialmente confirmados.
Na noite anterior (23), uma tragédia ainda mais grave: uma caminhonete Hilux colidiu brutalmente com uma motocicleta. O choque foi tão forte que uma das vítimas — um jovem de Mari — não resistiu e morreu ainda no local. A cena foi desoladora. Mais uma família despedaçada. Mais um nome incluído nas estatísticas que, a cada dia, ganham rostos e histórias reais.
A sucessão de acidentes tem sido acompanhada de perto por comunicadores locais, como o repórter J. Carlos, que vem denunciando a situação da rodovia e cobrando providências.
Contudo, nenhuma ação concreta foi anunciada até agora pelo Governo do Estado. Não há reforço na fiscalização, não há novas sinalizações, tampouco obras para conter o avanço das tragédias. A omissão parece caminhar lado a lado com o sangue derramado no asfalto.
Enquanto isso, moradores e motoristas vivem sob tensão, fazendo o que podem para evitar serem os próximos. Eles exigem o óbvio: vida em primeiro lugar.
A pergunta que ecoa é clara: quantas vidas mais precisarão ser perdidas para que algo seja feito?
É hora de romper o silêncio. De exigir respostas. De pressionar por mudanças. Porque cada dia de inércia pode ser o último para alguém que só queria voltar para casa.
Redação/ExpressoPB
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