SIGA-NOS

Tragédia com balão: dor e comoção marcam despedida das vítimas em velório emocionante

O barulho das rodinhas deslizando sobre o chão e a comemoração de ser mais uma vez campeão são algumas das memórias que ficarão marcadas por aqueles que conviveram com Leandro Luzzi, treinador e patinador artístico que morreu na tragédia em Praia Grande, município de Santa Catarina, após um balão pegar fogo e cair nesse sábado (21/6). Além do artista, outras sete pessoas morreram no acidente.

Assim como das demais vítimas, o velório de Leandro, que aconteceu em Indaial (SC) neste domingo foi marcado pela emoção, a tristeza e o luto, mas também pelo amor deixado pelo treinador.

“Há 10 anos atrás a gente teve o primeiro contato com ele e dali por diante foi uma amizade maravilhosa, uma paixão pela pessoa que ele era, pela paixão que ele tinha pela patinação e pelas suas alunas, pela sua equipe, um guri de ouro, um campeão, um um cara apaixonado pelo que ele fazia pelo esporte, o que representou muito bem o esporte, representou muito bem Santa Catarina em todas as competições que ele conseguiu, tanto como atleta como como técnico”, disse Katia Romanenko, amiga e mãe de uma aluna.

Katia lembra que durante toda a década que viveu com Leandro ele transformou vidas, principalmente de meninas sonhadoras, com seu encantamento, profissionalismo, carinho e amor pelo esporte.

A melhor amiga Nicole Casagrande afirma que o amor de Leandro pela patinação artística ficará para sempre marcado em sua memória.

— É só saudade e amor. Eu sempre falo que morte nunca separa, ele sempre vai estar aqui com a gente. Em cada olhar na quadra, cada vez que a gente vê uma criança deslizar com as rodinhas, em cada sorriso bem branco que ele tinha, o olhar, em cada vez que a gente achar alguém parecido com ele, a gente vai lembrar dele. Com toda certeza, a gente não vai deixar ele ser esquecido — diz em meio às lágrimas.

Há alguns quilômetros de distância, desta vez em Joinville, outra família vivia o luto. Desta vez, de duas pessoas. Everaldo e Janaína Rocha eram companheiros e estavam com a filha no momento em que o balão pegou fogo em Praia Grande. Ela conseguiu pular, os pais não. Os joinvilenses foram duas das oito vítimas do acidente.

Para a despedida do casal, que era engajado na comunidade religiosa da paróquia São João Batista, o pároco Anderson Pitz resolveu falar sobre as obras benfeitoras da família.

— O casal era extremamente envolvido na comunidade católica, do bairro, eram pessoas muito atuantes, que sempre olharam e prezaram pelo bem da comunidade. Eles tinham sempre esse olhar de cuidado. […] Eu me lembro, a Janaína me cobrava para que a gente buscasse melhorias para os nossos bairros perante as autoridades, o legislativo e o executivo da cidade, e lá íamos nós juntos buscando uma lombada, uma faixa melhor pintada. Isso era muito bonito — cita o padre.

Da redação/ NSC Total

Comentários