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Ogivas nucleares de Israel são mais devastadoras que bombas de Hiroshima e Nagasaki; entenda

O pano de fundo da guerra entre Israel e Irã é a ameaça não comprovada de que os iranianos estariam perto de obter uma arma nuclear. A corrida por esse armamento vem desde a Segunda Guerra e assusta o mundo.

A bomba de Hiroshima, que mudou o rumo da Segunda Guerra Mundia, tinha 15 quilotons, equivalente a 15 mil toneladas de TNT. A de Nagasaki, 21 quilotons. As duas dizimaram as cidades japonesas e mataram mais de duzentas mil pessoas. O poderio já era devastador, e hoje o potencial destrutivo das ogivas atômicas é muito maior.

Testes de bombas nucleares eram frequentes no período pós-guerra. O atol de bikini, no Oceano Pacífico, serviu de campo de provas dos Estados Unidos, com militares sendo usados como cobaias para investigar os efeitos da radiação.

A bomba atômica mais poderosa já detonada foi a Tsar, da antiga União Soviética, durante um teste em 1961, mil vezes mais potentes do que a de Hiroshima, que gerou uma bola de fogo com um diâmetro de cerca de 8 km e um cogumelo de fumaça que alcançou 64 km de altura.

Como funciona uma bomba atômica?

A bomba atômica funciona com uma reação nuclear: ou ela parte o átomo, ou funde dois átomos, liberando uma energia absurda. Energia que vira calor, luz, radiação e destruição. O enriquecimento de urânio é parte fundamental desse processo. Um nível de 90% é o mínimo necessário para a fabricação.

Nenhuma bomba foi usada em guerra desde 1945. E ainda assim, os países não querem abrir mão delas. Em 1968 foi assinado um pacto de Não Proliferação Nuclear, que tem como o objetivo impedir que países entrem nesse seleto grupo de potências atômicas. Mas ele não obriga ninguém a se desfazer do que já tem.

Países que possuem armas nucleareas

Hoje, apenas nove países possuem armas nucleares: Estados Unidos, Rússia, China, França, Reino Unido, Paquistão, Índia, Coreia do Norte e Israel – embora o governo israelense nunca tenha confirmado oficialmente.

Estados Unidos e Rússia lideram esse arsenal, concentrando juntos mais de 90% de todas as ogivas existentes, num cenário que mantém o mundo em constante estado de vigilância.

Mas por que o Irã, que faz parte do acordo nuclear, não pode ter essas armas, e Israel que não aderiu ao acordo, tem? Israel é visto pelo ocidente como um ator mais previsível e controlável do que o regime dos aiatolás. É um debate complexo, onde está em jogo, além da soberania dos países, uma série de acordos e alinhamentos estratégicos.

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