O blog Paraíba 2.0 resgatou nesta semana um dos episódios mais marcantes da história política recente da cidade de Mari, na Zona da Mata paraibana. Quinze anos após os fatos, o site relembra a polêmica ruptura entre o então prefeito Antônio Gomes e o grupo político liderado por Marcos Martins — personagem central na ascensão de Gomes ao comando do Executivo municipal em 2008.
O caso, considerado por muitos como exemplo clássico da “Lei do Retorno” na política local, segue vivo na memória de eleitores e lideranças da região.
Na época, Antônio Gomes era vice-prefeito e fiel aliado do então prefeito Marcos Martins. Em seus discursos, não economizava elogios: chamava Marcos de “o maior administrador do Brasil” e sua irmã, Margareth Martins, então secretária de Saúde, de “a melhor de todos os tempos”. Com o prestígio dos Martins, Gomes conquistou a Prefeitura em uma disputa acirrada contra o ex-prefeito Adnaldo Pontes, o “Gordo”, figura respeitada na cidade por sua trajetória.
Mas o clima de harmonia durou pouco. Apenas dois meses após assumir o cargo, Gomes promoveu um corte abrupto nos laços com o clã que o havia conduzido à vitória. Proibiu Marcos Martins de entrar na Prefeitura, trocou as senhas da Secretaria de Finanças — comandada por Wanderley Martins (in memoriam), irmão de Marcos — e exonerou Margareth da Saúde. O rompimento foi definitivo.
“Por aqui, a Lei do Retorno não é um princípio filosófico, é realidade prática”, destaca o Paraíba 2.0, ao comentar a ironia do destino político que ronda os protagonistas dessa história.
A lembrança do episódio ganha relevância no atual contexto político do município, com novos arranjos sendo desenhados e velhas feridas ainda abertas nos bastidores. A publicação do blog reforça que, na política de Mari, o passado nunca está totalmente encerrado — apenas à espera de um novo capítulo e remete ao fato de que a imprensa da capital tem dado como certa o rompimento da Prefeita Lucinha da Saúde com o ex-prefeito Antonio Gomes, seguindo o mesmo script do passado de 15 anos atrás entre Martins e Gomes.
Redação/ExpressoPB
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